'Espero que não nos deixem ser
pisoteados pelo populismo', disse o ex-presidente
O ex-presidente da Argentina Mauricio
Macri anunciou, neste domingo, 26, que não será candidato às eleições
presidenciais do país deste ano. Ele é um dos principais nomes da oposição e
governou os hermanos entre 2015 e 2019.
“Quero ratificar a decisão de que
não serei candidato nas próximas eleições”, disse o ex-presidente, nas redes sociais. “Há um grande número de novos líderes.
Espero que não nos deixem ser pisoteados pelo populismo.”
Macri citou, durante o vídeo, a
crise inflacionária pela qual a Argentina passa. Em janeiro, por exemplo, a
inflação passou dos 100% — no acumulado dos 12 meses recentes. É o maior
patamar em quase 31 anos.
Ele mencionou o presidente
Alberto Fernández e a vice-presidente Cristina Kirchner. Para Macri, o país
está “à deriva, sem liderança” e isolada do restante do mundo. “Nunca mais
teremos um fantoche como presidente”, declarou. Em dezembro, Cristina também
anunciou que não estará entre os candidatos à Casa Rosada.
Agora, as expectativas são de que
Fernández possa participar do pleito. O prefeito de Buenos Aires, Horacio
Rodríguez Larreta, também deve ser um dos nomes.
Trinta e um anos depois…
A Argentina superou a marca de
100% de inflação, no acumulado de 12 meses. Os dados foram divulgados em 14 de
março pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec). A última vez em
que o índice chegou ao patamar de três dígitos foi em 1991, quando atingiu
115%.
Apenas em fevereiro, a inflação
teve uma variação de mais de 6%, puxada pela alimentação (9%), seguida de
comunicação (7%) — contas de celular, por exemplo, e hotéis e restaurantes
(7%). Todos esses itens ficaram acima da média do índice.
Ainda segundo o documento do
Indec, a trajetória da inflação argentina apresenta alta desde janeiro de 2022,
quando registrou 50,7%. De lá para cá, ocorreram elevações mensais
consecutivas, resultando no valor atual.
Para tentar atenuar a perda do
poder de compra e controlar a disparada dos números da inflação, o Banco
Central da Argentina aumentou a taxa básica de juros para 75%. É o maior nível
desde setembro de 2019, quando registrou mais de 78% ao ano. O valor permanece
o mesmo desde setembro de 2022, mas sem o efeito esperado.
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentario.
Fique sempre ligado do que acontece em nossa cidade!