Agressor matou uma professora de
71 anos e feriu outras cinco pessoas em um ataque a faca na Escola Estadual
Estadual Thomazia Montoro
A antiga escola do adolescente
que matou uma professora e feriu outras cinco pessoas em um ataque a faca
na Escola Estadual Thomazia Montoro nesta segunda-feira, 27,
havia alertado a polícia sobre “vídeos comprometedores” do ex-aluno. O agressor
havia feitos ameaças no colégio anterior. A Jovem Pan teve
acesso ao Boletim de Ocorrência registrado no dia 28 fevereiro pela
Escola Estadual José Roberto Pacheco, no 1º Distrito Policial de Taboão da
Serra, na Grande São Paulo. Segundo o boletim, o jovem estava apresentando um
“comportamento suspeito” nas redes sociais e postava vídeos “portando arma de
fogo e simulando ataques violentos”. Ainda de acordo com o documento, o aluno
“encaminhou mensagens e fotos de armas aos demais alunos por Whatsapp”. Segundo
o Boletim de Ocorrência, os pais dos demais estudantes estavam “se sentindo
amedrontados com tais mensagens e fotos”. Na ocasião, a polícia determinou
que os pais do aluno fossem intimados e um prazo de seis dias para realizar as
investigações. Por conta desse comportamento, ele acabou sendo transferido.
O ataque na Escola Estadual
Thomazia Montoro, na Vila Sônia, zona sul da capital, por volta das 7h20. Ele
era estudante do 8º ano e foi apreendido pela Polícia Militar (PM). Segundo
o secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Guilherme Derrite,
o adolescente planejava um ataque com arma de fogo. Com ele, foram apreendidas
uma faca, uma tesoura e um celular. Nas redes sociais, o menor deixou uma
mensagem antes de cometer o ataque, dizendo que esperou pelo momento por sua
“vida inteira”. “Irá acontecer hoje. Esperei por esse momento minha vida
inteira. Tomara que consigo alguma kill pelo menos, minha
ansiedade começa a atacar por causa disso. Enfim… me desejem boa sorte”,
escreveu o responsável pelo ataque. Segundo Guilherme Derrite, seguidores que
curtiram ou comentaram na publicação também serão investigados. “Sendo alguém
com menos de 18 anos de idade, os responsáveis vão ser chamados para avaliar.
Mais gente estava sabendo? Colaborou com essa ação? Será que os pais do garoto
não tinham um certo conhecimento? Tudo isso vai ser objeto de investigação da
Polícia Civil”, disse o secretário.
Na última atualização da
Secretaria de Saúde, a professora Ana Célia da Rosa, que ficou ferida no
atentado, passou por uma cirurgia no início da tarde desta segunda-feira e
permanece estável. Ela está internada no Hospital das Clínicas da FMUSP. Outras
duas professores foram atendidas no Hospital Universitário da USP e no São
Luiz. Ambas tiveram ferimentos superficiais e tiveram alta. Dois alunos foram
encaminhados ao Hospital Bandeirantes e também receberam alta. A professora de
71 anos, identificada como Elizabete Terreiro, chegou a ser levada para o
hospital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Por Thiago Caetano
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