Segundo o secretário de Educação,
Renato Feder, o estudante também ‘teve problemas’ em colégio anterior; diretora
iria conversar com aluno nesta segunda sobre outro conflito
O adolescente responsável pelo
ataque na Escola Estadual Thomazia Montoro planejava um
atentado com arma de fogo. A informação foi confirmada pelo
secretário de Segurança do Estado de São Paulo, Guilherme
Derrite, nesta segunda-feira, 27, em coletiva de imprensa. Segundo ele,
em conversa informal com policiais militares e civis, durante o atendimento à
ocorrência, o estudante de 13 anos admitiu que “planejava fazer um atentado com
arma de fogo, mas não conseguiu”. “Todos nós lamentamos essa tragédia”, disse
Derrite.
O ataque aconteceu na manhã
desta segunda, na Vila Sônia, na Zona Sul da cidade de São Paulo, e atingiu
quatro professoras e dois alunos. A vítima foi identificada como Elizabete
Terreiro, 71. Outros quatro feridos foram encaminhados aos Hospitais das
Clínicas, Bandeirantes, Universitário e São Luís. Segundo o último
boletim, divulgado pelo Governo de São Paulo, quatro pessoas já tiveram alta.
Mais cedo, o secretário de Educação, Renato Federa, afirmou que a professora
Ana Célia da Rosa, recebeu a visita do vice-governador Felício Ramuth e não
corre risco de vida. Ela continua internada em observação.
Os secretários também mencionaram
o histórico de violência envolvendo o autor do ataque. Segundo eles, o
estudante de 13 anos, que havia começado no colégio em 15 de março, também
“teve problemas de violência em outra escola”. Na semana passada, já na Escola
Estadual Thomazia Montoro, o garoto teria se envolvido em um conflito após
praticar bullying, ao chamar um colega como “macaco”. Durante a confusão, ele
teria dito a colegas que cometeria um ataque. Com isso, a diretora do colégio
tinha um horário marcado nesta segunda para conversar com o aluno, mas o
atentado aconteceu antes. “O conflito foi na sexta-feira, a diretora ia
conversar com o aluno hoje de manhã. Ela mostrou ‘está aqui a carta’. Ela falou
com o aluno que foi vítima na sexta e estava marcado agora de manhã. É
difícil”, afirmou Feder, após ser questionado sobre possível falha na atuação
escolar.
Como
a Jovem Pan mostrou, o adolescente de 13 anos foi apreendido pela Polícia Militar (PM)
após atacar os professores. Com ele, foram apreendidas uma faca, uma tesoura e
um celular. Nas redes sociais, o menor deixou uma mensagem antes de cometer o
ataque, dizendo que esperou pelo momento por sua “vida inteira”. “Irá acontecer
hoje. Esperei por esse momento minha vida inteira. Tomara que consigo
alguma kill pelo menos, minha ansiedade começa a atacar por
causa disso. Enfim… me desejem boa sorte”, escreveu o responsável pelo ataque.
Segundo Guilherme Derrite, seguidores que curtiram ou comentaram na publicação
também serão investigados. “Sendo alguém com menos de 18 anos de idade, os
responsáveis vão ser chamados para avaliar. Mais gente estava sabendo?
Colaborou com essa ação? Será que os pais do garoto não tinham um certo
conhecimento? Tudo isso vai ser objeto de investigação da Polícia Civil”, disse
o secretário de Segurança.
Por Jovem Pan
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