Barroso, sobre o voto ‘impresso’: ‘Finalmente esse defunto foi enterrado’ | Rio das Ostras Jornal

Barroso, sobre o voto ‘impresso’: ‘Finalmente esse defunto foi enterrado’

Barroso afirma que o presidente Jair Bolsonaro entendeu a
importância do voto eletrônico | Foto: Fábio Rodrigues
Pozzebom/Agência Brasil

Presidente do Tribunal Superior Eleitoral disse que os brasileiros estão conscientes da segurança das urnas eletrônicas

Cristyan Costa

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, voltou a atacar o voto auditável. Segundo o ministro, a discussão sobre o assunto está encerrada. “Depois que a Câmara votou, que o presidente do Senado disse que não reabriria a matéria e que o próprio Bolsonaro disse que confia no voto eletrônico, acho que finalmente esse defunto foi enterrado”, afirmou Barroso, durante evento no TSE de abertura do código-fonte das urnas (programa interno de segurança do equipamento), na segunda-feira 4.

“No tocante à posição do presidente, eu fico feliz que ele tenha se convencido de que não há problemas no voto eletrônico”, afirmou Barroso, ao mencionar que a presença das Forças Armadas na comissão de transparência do TSE “é boa e tão válida quanto a presença da Polícia Federal e da Pocuradoria-Geral da República”. Segundo Barroso, a sociedade está conscientizada da total segurança das urnas eletrônicas: “Atuamos didaticamente para dizer que uma causa que precisa de ódio e de teoria conspiratória não é uma causa boa.”

Especialistas levantam dúvidas sobre o software das urnas

Amílcar Brunazo, engenheiro especialista em segurança de dados e voto eletrônico, afirmou que a confiabilidade das urnas eleitorais é duvidosa. De acordo com ele, o equipamento pode ser objeto de fraude. “O software é desenvolvido no TSE seis meses antes das eleições, compilado com 15 dias de antecedência, transmitido por internet pelos tribunais regionais e por cartórios e gravado num flashcard”, explicou Brunazo, durante audiência pública em comissão especial da Câmara dos Deputados.

“A equipe do professor Diego Aranha, dentro do TSE, mostrou ser possível pegar esse cartão, inserir nele um código espúrio, que não foi feito pelo TSE, e colocar na urna eletrônica”, salientou o especialista, ao mencionar que os brasileiros acabam tendo de confiar no servidor que vai pôr o dispositivo na máquina. “Muitas vezes é um profissional terceirizado. Realmente, o processo eleitoral brasileiro depende da confiança de todos os funcionários envolvidos. Isso é um equívoco”, lamentou Brunazo.

Carlos Rocha, engenheiro formado no Instituto Tecnológico de Aeronáutica e CEO da Samurai Digital Transformation, defende a descentralização de poderes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo ele, a democracia brasileira não pode continuar a depender de um pequeno grupo de técnicos do TSE, que têm o controle absoluto sobre o sistema eletrônico de votação, de todos os códigos e chaves de criptografia.

Postar no Google +

About Redação

This is a short description in the author block about the author. You edit it by entering text in the "Biographical Info" field in the user admin panel.
    Blogger Comment
    Facebook Comment

0 comentários:

Postar um comentário

Obrigado pelo seu comentario.
Fique sempre ligado do que acontece em nossa cidade!

Publicidade