
Barroso afirma que o presidente Jair Bolsonaro entendeu a
importância do voto eletrônico | Foto: Fábio Rodrigues
Pozzebom/Agência Brasil
Presidente do Tribunal Superior
Eleitoral disse que os brasileiros estão conscientes da segurança das urnas
eletrônicas
O presidente do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, voltou a atacar o voto auditável.
Segundo o ministro, a discussão sobre o assunto está encerrada. “Depois que a
Câmara votou, que o presidente do Senado disse que não reabriria a matéria e
que o próprio Bolsonaro disse que confia no voto eletrônico, acho que finalmente
esse defunto foi enterrado”, afirmou Barroso, durante evento no TSE de abertura
do código-fonte das urnas (programa interno de segurança do equipamento), na
segunda-feira 4.
“No tocante à posição do
presidente, eu fico feliz que ele tenha se convencido de que não há problemas
no voto eletrônico”, afirmou Barroso, ao mencionar que a presença das Forças
Armadas na comissão de transparência do TSE “é boa e tão válida quanto a
presença da Polícia Federal e da Pocuradoria-Geral da República”. Segundo
Barroso, a sociedade está conscientizada da total segurança das urnas
eletrônicas: “Atuamos didaticamente para dizer que uma causa que precisa de
ódio e de teoria conspiratória não é uma causa boa.”
Especialistas levantam dúvidas
sobre o software das urnas
Amílcar Brunazo, engenheiro
especialista em segurança de dados e voto eletrônico, afirmou que a
confiabilidade das urnas eleitorais é duvidosa. De acordo com ele, o
equipamento pode ser objeto de fraude. “O software é
desenvolvido no TSE seis
meses antes das eleições, compilado com 15 dias de antecedência, transmitido
por internet pelos tribunais regionais e por cartórios e gravado num flashcard”,
explicou Brunazo, durante audiência pública em comissão especial da Câmara dos
Deputados.
“A equipe do professor Diego
Aranha, dentro do TSE, mostrou ser possível pegar esse cartão, inserir nele um
código espúrio, que não foi feito pelo TSE, e colocar na urna eletrônica”,
salientou o especialista, ao mencionar que os brasileiros acabam tendo de
confiar no servidor que vai pôr o dispositivo na máquina. “Muitas vezes é um
profissional terceirizado. Realmente, o processo eleitoral brasileiro depende
da confiança de todos os funcionários envolvidos. Isso é um equívoco”, lamentou
Brunazo.
Carlos Rocha, engenheiro formado
no Instituto Tecnológico de Aeronáutica e CEO da Samurai Digital
Transformation, defende a descentralização de poderes do Tribunal Superior Eleitoral
(TSE). Segundo ele, a democracia brasileira não pode continuar a depender
de um pequeno grupo de técnicos do TSE, que têm o controle absoluto sobre o
sistema eletrônico de votação, de todos os códigos e chaves de criptografia.
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