Ideia é desenvolver projeto similar ao realizado em Serrana, no interior de São Paulo, pelo Instituto Butantan
A Secretaria
Municipal de Saúde do Rio de Janeiro pretende vacinar toda a população da Ilha
de Paquetá contra a Covid-19, em um experimento sobre os efeitos da imunização
em larga escala. A proposta foi apresentada nesta segunda-feira (31) ao Comitê
de Especialistas do Enfrentamento à Covid do município e recebeu apoio dos
especialistas.
O
infectologista Alberto Chebabo, integrante do grupo, explicou à CNN que
a ideia é vacinar os moradores de Paquetá com o imunizante da AstraZeneca. A
estimativa é que 2 mil pessoas sejam vacinadas, além das mil já imunizadas nos
grupos prioritários. O avanço do projeto ainda depende de um planejamento junto
à Fundação Oswaldo Cruz e ao Plano Nacional de Imunizações.
A Ilha de
Paquetá é um bairro da capital fluminense localizado em meio à Baía de
Guanabara, a cerca de 15 quilômetros da estação das barcas na Praça XV, no
Centro da cidade. O local tem 4.147 habitantes, de acordo com o último Censo do
IBGE.
O acesso à ilha
é feito por meio marítimo, mas os especialistas destacam a grande circulação
dos moradores por outras regiões da cidade como um fator positivo para o
desenvolvimento da pesquisa.
“A ilha tem a vantagem de ser um ambiente
fechado, mas onde as pessoas circulam, vão trabalhar e voltam, além de receber
moradores de outras áreas. Com isso, será possível identificar a
efetividade da proteção vacinal e avaliar o abandono de métodos não
farmacológicos, como o uso de máscaras, dentro desse grupo”, disse Chebabo.
O plano de
vacinar os moradores de Paquetá foi apresentado no mesmo dia em que o governo
de São Paulo divulgou os resultados de um estudo de imunização massiva em
Serrana, no interior paulista.
Em entrevista
à CNN, o prefeito do
município, Léo Capitelli (MDB), disse que números preliminares apontaram queda
de 95% nas mortes pela doença. Em Serrana, o chamado "Projeto S"
durou oito semanas e imunizou 98% da população com duas doses da Coronavac.
Paula
Martini, da CNN, no Rio de Janeiro
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