Nelson Jr. | SCO | STF
O presidente do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, voltou a
criticar a proposta que institui o voto impresso auditável no Brasil. Para ele,
a medida significaria diminuição da segurança do processo eleitoral.
“Vão pedir
recontagem. Vai dar defasagem entre os votos. Vão questionar e judicializar com
pedido de fraude. Na recontagem, vai sumir voto, aparecer voto. Isso tudo vai
diminuir a segurança. […] Em partes do país isso pode significar o risco de
vida”, declarou.
O ministro
chamou de “bobagens” as declarações sobre possibilidade de fraude e disse
esperar que o fim desse discurso ocorra primeiro por meio do “surgimento da
verdade do que pela persecução criminal”.
e acordo com o
presidente do TSE, as recentes falas do presidente da República sobre uma
possível eleição fraudada não são criminosas, no entanto, “se forem
consideradas como atentados à liberdade do voto e à democracia, podem ser
eventualmente classificadas como crime de responsabilidade. Mas aí é uma
matéria política para o Congresso Nacional”, ressaltou.
Barroso
participou de transmissão ao vivo promovida pelo Grupo Prerrogativa para
discutir “tensões que permeiam o processo eleitoral” e a “pressão do Executivo
pela volta do voto impresso”.
Além do
presidente do TSE, o advogado criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro,
conhecido como Kakay, também participou da conferência digital.
Por Marcos Rocha
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