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Mesmo sem a presença do presidente da República, atos de rua pró-governo não param de crescer.
Em 2020, a
pandemia da Covid-19 assolou o planeta e provocou efeitos inimagináveis numa
curta escalada de tempo. O Brasil, por ser um país emergente, sentiu esse
impacto de forma ainda mais danosa.
Segundo o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a crise econômica que
atingiu o país de modo muito intenso, gerando uma série de desempregos,
alcançou o maior patamar desde o início da série histórica, instituída em 2012,
além de influenciar a alta nos preços de produtos considerados básicos, como
arroz, carne, feijão e leite.
Houve, por
parte do poder público, diversas tentativas para diminuir os colapsos sanitário
e econômico, mas nenhuma ação foi capaz de neutralizar completamente as
implicações nocivas à renda do cidadão e o crescimento na taxa de desemprego.
Medidas
autoritárias e a luta pela sobrevivência
Com os decretos
de governadores e prefeitos que culminaram em restrições e até em fechamentos
de inúmeros setores da economia, milhões de pessoas ficaram com seus empregos
em jogo.
Insatisfeitos
com as decisões autoritárias, a população foi às ruas contra o fechamento de
comércios e industrias. Integrantes de vários setores produtivos mobilizaram
atos pelo fim de decretos que seguem afetando diversos segmentos econômicos.
Desde então, o
presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tecia fortes críticas às
restrições e medidas de isolamento radicais, alegando que a fome iria
desencadear problemas muito maiores no país.
Com os
primeiros casos registrados, o mandatário já discursava sobre a preocupação em
torno do desemprego que poderia assolar. Na ocasião, ele dizia que as
autoridades, em conjunto, deveriam se unir para preservar os empregos dos
brasileiros.
Reação
popular nas ruas
Diante da
pandemia, com a crise econômica, sanitária, social e política instaurada,
convocações de atos de rua em defesa da democracia, das liberdades individuais
e do presidente Jair Bolsonaro ganharam fôlego em meio à pandemia.
Os novos
protestos, marcados em várias capitais e cidades do país, estão sendo chamados
via redes sociais desde o ano passado. Em constante crescimento, a marchas são
puxadas de modo espontâneo, incluindo também grupos e lideranças de movimentos
de direita.
A adesão
popular tem sido tão expressiva ao ponto de fomentar a entrada de outros
movimentos que estão se somando à onda, como grupos de motoclubes e até mesmo
mototaxistas.
Embalados pela
força política do presidente, apoiadores do chefe do Executivo já estão em
clima de pré-campanha em diversas cidades do país.
Neste aspecto,
o movimento Direita
Pernambuco (DPE), conhecido por ser o principal grupo conservador no estado
nordestino, voltou a ser destaque no cenário local por manter total apoio ao
presidente da República e conseguir exercer influência avassaladora na política
do estado.
O Conexão
Política conversou com Mateus Henrique Santana Souza, de 24 anos, que é um dos
líderes do DPE.
Neste último
sábado, 26, enquanto Bolsonaro circulava em Chapecó, Santa Catarina, rodeado
por uma multidão de eleitores e simpatizantes, o DPE percorria as principais
ruas de Santa Cruz do Capibaribe, terceira maior cidade do Agreste
pernambucano, erguendo bandeiras, camisas e faixas com fotos e nomes do
presidente.
Concentrados no
posto de gasolina Badu, localizado em Nova Palestina, apoiadores do governo
seguiram um longo trajeto que durou cerca de 2 horas, totalizando 15
quilômetros.
O ato reuniu
cerca de 2 mil pessoas, segundo estimativa do DPE.
A Polícia
Militar acompanhou o evento, mas não calculou o número de participantes.
Fechada com
Bolsonaro
Uma curiosidade
sobre Santa Cruz do Capibaribe chama bastante atenção: a cidade elegeu Jair
Bolsonaro nos dois turnos das eleições presidenciais de 2018.
Santa Cruz é a
maior produtora de confecções de Pernambuco, de acordo com o SENAI, além de ser
a 2ª maior produtora de confecções do Brasil, ficando atrás apenas da capital
paulista.
Além disso,
possui o maior parque de confecções da América Latina em sua categoria, o Moda
Center Santa Cruz.
No 1° turno
presidencial, o então candidato do PSL recebeu cerca de 19.420 votos, ocupando
a 1° colocação com 45,64% dos votos. Haddad, por sua vez, obteve 11.765 votos
(26,24%).
Posteriormente,
Bolsonaro obteve cerca de 23.044 votos (53,83%), enquanto o petista recebeu
19.765, totalizando (46,17%).
Mais
manifestações pró-governo
No domingo
anterior (20), em Recife, milhares de apoiadores foram às ruas da cidade para
apoiar o presidente Jair Bolsonaro. Os simpatizantes fizeram passeio em motos e
carros, saindo de Piedade, em Jaboatão, e prosseguindo até Olinda.
Saindo da Zona
Sul do Recife, o grupo passou pela Avenida Agamenon Magalhães e, posteriormente,
pela PE-15, em Olinda.
15 mil pessoas
participaram do ato, segundo estimativas do Direita Pernambuco, que destacou a
interdição completa das quatro faixas da Agamenon.
“O objetivo
dessas manifestações é mostrar que o Direita Pernambuco continua atuante nas
ruas e não limitou apoio ao presidente Bolsonaro somente no último pleito. Não
foi apenas um levante para 2018, e muito menos limitando ao fervor de 2020.
Porém, desde a fundação do nosso movimento, em 2014, atuamos nos meios de
articulação, movimento de pressão nas ruas e, principalmente, de
conscientização educacional. Portanto, toda essa atuação espontânea é um
processo de continuidade a tudo o que já fazemos e, consequentemente,
organizando o eixo conservador ainda mais. Neste ano, por exemplo, já
realizamos atos contra as restrições autoritárias do governador Paulo Câmara e,
obviamente, não poderia ser diferente ao convocarmos e apoiarmos ações em
defesa do presidente Bolsonaro”, declarou Mateus Henrique Santana Souza, líder
do DPE.
“O evento foi
importante para mostrar que Santa Cruz, a única cidade de Pernambuco a eleger
Bolsonaro no primeiro e segundo turno de 2018, continua fechada com o
presidente para a eleição de 2022. Acreditamos que Bolsonaro está conduzindo o
país corretamente”, acrescentou Adilson Vitorino, representante do DPE na
cidade de Santa Cruz do Capibaribe.
Confira abaixo
os principais registros dos atos pró-governo:
Por Raul Nascimento
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