© Ansa Brasil EUA já haviam realizado ataque na
fronteira Síria-Iraque em fevereiro
(ANSA) - Os
Estados Unidos realizaram um ataque aéreo contra milícias pró-Irã na fronteira
entre Iraque e Síria na madrugada desta segunda-feira (28), matando pelo menos
sete pessoas.
Segundo
comunicado do Pentágono, o bombardeio foi "defensivo" e mirou locais
supostamente usados para ataques de drones "contra o pessoal e estruturas
americanas no Iraque".
O Departamento
de Defesa dos EUA diz ter atingido dois depósitos de armas na Síria e um no
Iraque, todos eles atribuídos a milícias pró-Irã.
"Como
demonstrado pelo ataque desta noite, o presidente [Joe Biden] foi claro ao
dizer que agirá para proteger o pessoal americano", acrescenta o
Pentágono, alegando o "direito à autodefesa".
No entanto, o
primeiro-ministro do Iraque, Mustafa al-Kadhimi, afirmou que o bombardeio
conduzido pelos EUA é uma "flagrante violação" da soberania iraquiana
no próprio território.
Já a milícia
Hashed al-Shaabi, uma das atingidas, disse que o ataque "resultou no martírio
de um grupo de combatentes heroicos". "Continuaremos sendo um escudo
que defende nossa amada nação e estamos plenamente prontos para responder e nos
vingar", reforçou.
Esse foi o
segundo bombardeio contra milícias pró-Irã na gestão Biden, enquanto as tropas
americanas no Iraque já sofreram mais de 40 ataques neste ano, incluindo bombas
contra comboios logísticos e 14 lançamentos de foguetes.
A ONG
Observatório Sírio para os Direitos Humanos afirma que sete combatentes
morreram na operação desta segunda-feira. Já a agência estatal síria Sana
afirma que uma criança foi morta, porém não deu mais detalhes.
O bombardeio
americano também reacende o temor de uma nova escalada de tensão entre os EUA e
o Irã, poucos dias após a eleição do jurista ultraconservador Ebrahim Raisi
como presidente da República Islâmica. (ANSA)
ANSA
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