Adolescente de 13 anos recebe vacina contra covid em centro
de imunização na Virgínia.
ANDREW CABALLERO REYNOLDS / EFE - 13.5.2021
Em diversos
estados norte-americanos, pais e filhos mostraram alívio e alegria com a
imunização dos mais jovens
Harrison Hunger, de 14 anos, recebeu sua vacina contra a covid-19, nesta quinta-feira (13), em uma clínica de Bloomfield Hills, no estado de Michigan, e agora só pensa em comer donuts.
Questionado
sobre qual será a primeira coisa que fará após a vacinação, não hesita:
“Provavelmente irei ao Krispy Kreme, porque estão oferecendo donuts de graça
para quem tem um destes”, responde ao mostrar o cartão de vacinação.
A campanha de imunização de 17 milhões de adolescentes entre 12 e
15 anos começou com força nesta quinta-feira após a extensão da
autorização da vacina Pfizer/BioNTech para essa faixa etária, parte da
estratégia do presidente Joe Biden de tentar alcançar a imunidade de rebanho no
país.
Em todo o país,
jovens fizeram fila com seus pais em centros de vacinação, cerca de 15.000
farmácias e clínicas pediátricas, ansiosos para retornar a alguma normalidade
pré-pandêmica.
"Isso vai
me ajudar a sair mais", afirmou Daniel Fox, de 13 anos, um dos primeiros
na porta do Javits Center, em Nova York, centro de convenções que virou local
de vacinação.
"Se
encontrar online para jogar é muito divertido, mas também é divertido nos
vermos pessoalmente de vez em quando", completou.
Harrison, por
sua vez, planeja viajar para o Alasca com sua família duas semanas após receber
a segunda dose.
"Segura"
e "eficaz"
“A vacina para
jovens de 12 a 15 anos é segura, eficaz, prática, rápida e gratuita”, garantiu
Biden na quarta-feira.
Os gêmeos de 14
anos, Anaya e Jay Tsai, também receberam sua primeira dose em Nova York.
"Há muito
tempo que espero por este dia. É extremamente importante", comemorou a
mãe, Purva Tsai, de 47 anos.
"Espero
que isso signifique que as coisas voltem ao normal para os meninos e que eles
possam socializar com os amigos", acrescentou.
Não havia
muitas pessoas no posto de vacinação montado no Walter E. Washington Convention
Center, na capital americana.
Kandall
Frederick, de 15 anos, chegou cedo com sua mãe de carro, antes de entrar na
escola.
"Eu estava
emocionada", admitiu a jovem. "Eu fui a última na família a ser
vacinada, então agora estaremos todos seguros e podemos sair e fazer as coisas
com mais liberdade".
“É melhor
prevenir do que remediar”, estimou Maya, de 15 anos. Sua mãe, Amy, diz estar
"encantada" com a vacinação permitida pelas autoridades sanitárias.
"Queremos que seja seguro e contribua o máximo possível para a imunidade
coletiva".
Uma pesquisa da
Kaiser Family Foundation, que entrevistou pais de adolescentes em abril,
revelou que três em cada dez queriam que seus filhos fossem vacinados
imediatamente, um quarto vai esperar para ver como funciona, um quinto vai
vacinar apenas se a escola pedir e o resto é contra a vacinação.
A vacina para
adolescentes é a mesma que para adultos, incluindo o número de doses.
Os adolescentes
são menos vulneráveis à covid do que as pessoas mais velhas, e a principal
razão para vaciná-los é diminuir a transmissão.
Mas casos
extremamente raros da covid ainda podem ocorrer entre adolescentes e crianças,
bem como uma complicação pós-viral conhecida como síndrome inflamatória
multissistêmica.
O que o
nova-iorquino Theo Bernstein, que fez 12 anos há poucos dias, mais deseja é
"voltar para a escola cinco dias por semana", em vez dos dois atuais.
Sua mãe, Daphna Straus, diz que está disposta a fazer "o que for preciso
para deixar os professores mais confortáveis e voltarem a ensinar
pessoalmente".
Charles Muro,
de 13 anos, que escreve para o jornal de sua escola em Hartford, Connecticut,
diz que está "aliviado" após receber a vacina e quer promover a
imunização entre seus amigos.
A vacina “é o
futuro: se querem poder ir à pizzaria no domingo à noite, é assim que podemos
voltar à normalidade”, lembrou.
A Academia
Americana de Pediatria disse esta semana que a autorização da vacina da Pfizer
é uma ferramenta importante para que mais escolas voltem às aulas presenciais
em setembro, quando o novo ano letivo começa.
Da AFP
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