Mesa diretora da CPI da Covid no Senado.
LEOPOLDO SILVA/AGÊNCIA SENADO 12.05.2021
Carlos
Murillo deverá ser questionado sobre oferta de doses ao governo no ano passado;
contrato foi fechado em março de 2021
O ex-presidente da Pfizer no Brasil Carlos Murillo será ouvido nesta quinta-feira (13) na CPI do Senado, que investiga possíveis omissões do governo Jair Bolsonaro e desvio de verbas federais por estados e municípios no enfrentamento à pandemia de covid-19. Atualmente Murillo ocupa o cargo de CEO do laboratório na América Latina.
Murillo era o
chefe da representação brasileira quando começaram as negociações com o governo
para a compra de vacinas contra o novo coronavírus. Ele poderá dar mais
informações sobre dados já trazidos pelo ex-secretário Especial de Comunicação
Social Fabio Wajngarten na
quarta-feira (12), confirmando envio
de carta pela Pfizer em 12 de setembro à cúpula do governo
brasileiro. A empresa teria ficado dois meses sem resposta.
O laboratório
já afirmou que tinha oferecido em agosto 70 milhões de doses, que seriam
entregues em pequenas quantidades a partir de dezembro de 2020. Como a
negociação foi adiada, a aquisição ocorreu apenas em março deste ano, após o
registro do produto pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). As
vacinas começaram a chegar no final de abril. O governo alegou que a proposta
tinham cláusulas abusivas e que faltava segurança jurídica para a assinatura.
Além de ouvir
Murillo, a CPI poderá aprovar novos requerimentos. O senador Randolfe Rodrigues
(Rede-AP), por exemplo, solicita ao ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello o
resultado de exame para detecção do coronavírus. Pazuello não compareceu à CPI
na semana passada alegando estar com o novo coronavírus.
Também podem
ser aprovados pedidos de informações à Abin (Agência Brasileira de
Inteligência) e ao Ministério das Relações Exteriores sobre declarações do
presidente Jair Bolsonaro nas quais afirma que existe a possibilidade de estar
em curso uma guerra química, referindo-se indiretamente à China.
A CPI já ouviu
o ex-ministro Nelso Teich e o atual titular da Saúde, Marcelo Queiroga, na
semana passada. Na última terça-feira, o diretor-presidente da Anvisa, Antonio
Barra Torres, prestou depoimento.
Do R7
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