© Ricardo Wolffenbuttel/Governo de SC
Esse é tipo de
proteção mais usada pela população
Um estudo
conduzido por pesquisadores do Instituto de Física da Universidade de São Paulo
(USP) e do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) constatou que
as máscaras de algodão, as mais comumente usadas pela população na prevenção da
covid-19, têm eficiência de 20% a 60%. A pesquisa, divulgada no último dia 4,
foi publicada na revista Aerosol Science & Technology.
O estudo mediu
a eficiência de filtração de aproximadamente 300 máscaras faciais, de
diferentes tecidos, máscaras cirúrgicas e as PFF2 – sigla para peça
facial filtrante com eficiência de, pelo menos, 94% segundo classificação da
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Para realizar o teste, os
pesquisadores produziram partículas de aerossol de tamanhos variados e
observaram a concentração delas no ar antes e depois da filtragem pela
máscara.
Segundo os
resultados, as máscaras PFF2 apresentaram a maior eficiência para todos os
tamanhos de partículas, em torno de 98%, e foram consideradas como referência
para avaliação de desempenho. As máscaras cirúrgicas também tiveram ótima
eficiência, de 89%.
As máscaras de
TNT (tecido não tecido) mostraram uma eficiência média de 78%, sendo
considerado o melhor material para a fabricação de máscaras caseiras. Mas o
material mais comumente usado nas máscaras caseiras é o algodão, que apresentou
uma eficiência de filtração muito variável, entre 20% e 60%, e média de 40%,
não se mostrando uma boa opção para a confecção de máscaras.
De acordo com
os pesquisadores, a pesquisa mostra que grande parte da população pode estar
utilizando máscaras que não oferecem proteção significativa contra a covid-19.
Segundo o estudo, o mais indicado é sempre utilizar máscara, mas
preferencialmente que sejam as produzidas industrialmente com padrão PFF2, ou
mesmo máscaras caseiras de TNT, desde que muito bem ajustadas ao rosto.
Os pesquisadores ressalvam, no entanto, que qualquer tipo de máscara reduz a dispersão de gotículas e aerossóis emitidos por pessoas com covid-19, sintomáticas ou assintomáticas, e diminuem a disseminação do vírus.
Por Bruno
Bocchini - Agência Brasil
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