As vacinas CoronaVac será destinado a pessoas que já receberam a primeira dose. Foto Angel Morote / Rio das Ostras Jornal |
A Secretaria de Estado de Saúde (SES) conclui, nesta segunda-feira (22.02), a entrega de um lote de vacinas CoronaVac que será destinado a pessoas que já receberam a primeira dose. A partir das 7h, quatro helicópteros vão decolar do 12º Batalhão de Polícia Militar, em Niterói, levando o imunizante para 88 municípios. Na última sexta-feira (19.02), Rio de Janeiro, Niterói, Maricá e São Gonçalo retiraram os lotes. Desta vez, serão distribuídas 173.500 segundas doses do imunizante, além de outras 20 mil para utilização como primeira dose - que estavam armazenadas como reserva técnica. A ação contará com helicópteros do Corpo de Bombeiros e do Governo do Estado e apoio da Polícia Civil.
– Conforme programado, estamos fazendo a entrega das vacinas para a aplicação da segunda dose das remessas enviadas nos dias 3 e 11 de fevereiro. Esta estratégia garante o cumprimento de uma etapa do calendário vacinal. Além disso, mais 20 mil doses serão entregues, possibilitando a vacinação de novas pessoas. Estamos aguardando confirmação de envio de remessas pelo Ministério da Saúde, que serão distribuídas de acordo com o proposto pelo Programa Nacional de Imunizações - disse o secretário estadual de Saúde, Carlos Alberto Chaves.
A Subsecretaria de Vigilância em Saúde (SVS) reforçou, por meio de ofício
enviado aos 92 municípios, a importância de os responsáveis técnicos e gestores
municipais organizarem suas ações de vacinação priorizando os grupos elencados
no Programa Nacional de Imunização (PNI). A SVS ressalta ainda que a programação
deve ser organizada de acordo com o número de doses que serão aplicadas no dia,
para que o frasco multidose seja totalmente utilizado. Denúncias de
irregularidades na vacinação são encaminhadas imediatamente aos órgãos de
controle.
Cabe também ressaltar que as técnicas para aplicação da vacina contra Covid-19
são as mesmas já estabelecidas pelo Manual de Normas e Procedimentos para
Vacinação, publicado pelo Ministério da Saúde há sete anos, e que consta no
PNI. Desta forma, não se faz necessária a criação de um novo protocolo
específico para o imunizante contra o coronavírus.
A SVS informa ainda que todo cidadão pode e deve acompanhar o processo de
vacinação, verificando qual imunizante está recebendo, o uso de seringas
descartáveis, a aspiração do produto e a correta anotação na carteira de
vacinação. No caso de pessoas incapacitadas, esse acompanhamento deve ser feito
por um responsável.
Público prioritário - A SES esclarece que a definição dos grupos
prioritários para a primeira fase da vacinação contra a Covid-19 foi
estabelecida pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), por meio de decisões
tomadas por comissão tripartite. O Estado segue a recomendação do Ministério da
Saúde, repassando as orientações aos municípios. Neste primeiro momento, foi
definido um grupo prioritário composto por:
- profissionais da saúde que atuam na linha de frente no combate à Covid-19 e
na vacinação;
- pessoas com 60 anos ou mais vivendo em abrigos ou asilos;
- pessoas maiores de 18 anos com deficiência institucionalizadas;
- trabalhadores dessas instituições;
- povos indígenas vivendo em terras indígenas;
- idosos com mais de 90 anos.
Enfrentamento à Covid-19 – A Secretaria de Estado de Saúde (SES)
informa que, até o momento, recebeu do Ministério da Saúde (MS) 1.040.320 doses
da vacina contra a Covid-19, sendo 855.320 da CorovaVac e 185 mil da
Oxford/AstraZeneca. Com a operação realizada nesta segunda-feira (22.02), o
total distribuído é 1.036.390 doses. Uma reserva técnica fica armazenada na
Coordenação Geral de Armazenamento (CGA) para repor possíveis perdas.
Balanço vacinação - Até as 9h deste domingo (21.02), 92 municípios
registraram 427.482 pessoas vacinadas com a primeira dose. Destas, 80.876
já imunizadas com a segunda dose da vacina contra Covid-19 no estado. O
balanço foi realizado por meio de busca ativa, a partir da gerência de
Imunização da Vigilância Epidemiológica da Subsecretaria de Vigilância em
Saúde, junto às coordenações/gerências de imunização dos 92 municípios do
estado. O vacinômetro pode ser acessado pelo site: https://vacinacaocovid19.saude.rj.gov.br/
Nova variante - Foram confirmados cinco casos de pessoas no estado
do Rio contaminadas com as novas variantes do coronavírus, sendo um com a
mutação britânica (VOC 202012/01, linhagem B.1.1.7), e os outros quatro com a
variante de Manaus (Variante P.1, linhagem B.1.1.28). Dois pacientes
registrados com a cepa brasileira foram a óbito, sendo um morador de Belford
Roxo e outro paciente oriundo de Manaus. A SES reforça que, em ambos os casos,
não é possível afirmar que houve agravamento dos quadros devido à mutação do
vírus.
As outras duas pessoas contaminadas pela variante brasileira são moradoras da
capital, já se recuperaram e tiveram sintomas leves. Estudos apontam que a
variante brasileira do coronavírus tem maior capacidade de transmissão, mas a
letalidade não difere da linhagem inicial. A SES reforça a necessidade de que
sejam intensificadas as medidas de prevenção de contágio: uso de máscaras,
higienização das mãos e distanciamento social.
Casos em investigação - Até este sábado (20.02), há 13 casos
notificados no estado do Rio de Janeiro, em investigação. O critério para
notificação de caso suspeito está previsto na Nota Técnica elaborada pela
Secretaria de Estado de Saúde: pacientes com sinais e sintomas de Covid-19 que
tenham histórico de viagem ou contato com pessoas oriundas de outros estados
e/ou países com circulação de novas variantes.
Cabe à Vigilância Epidemiológica dos municípios o preenchimento de um
formulário eletrônico para notificação imediata à SVS/SES, que vai orientar e
apoiar os municípios na investigação epidemiológica. As amostras coletadas
serão encaminhadas e processadas para testagem molecular e selecionadas para
sequenciamento viral pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-RJ).
A SVS ressalta que a chegada de variantes da Covid-19 ao estado era prevista,
inclusive, uma Nota Técnica sobre o tema já havia sido enviada aos municípios
no início do mês, com recomendações.
É importante destacar que o sequenciamento genético não é um método de
diagnóstico para Covid-19, tampouco é indicado para ser feito em 100% dos casos
positivos, contudo a análise do seu resultado permite quantificar e qualificar
a diversidade genética viral circulante no país. Este é o propósito do
monitoramento articulado pela SVS com os municípios na Nota Técnica SVS/SES n.
09/2021.
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