Ex-médico cumpre 173 anos de prisão por abuso sexual de pacientes.Reprodução/Record TV - 31.08.2020 |
Ex-médico
chegou á Penitenciária II de Tremembé às 19h30 desta segunda-feira (31). Prisão
domiciliar que valia desde abril foi revogada
O ex-médico Roger
Abdelmassih, condenado a 173 anos de prisão pelo abuso sexual de pacientes,
chegou as 19h30 desta segunda-feira (31) à Penitenciária II de Tremembé, no
interior de São Paulo, para voltar a cumprir pena em regime fechado. Ele havia
sido liberado em abril para cumprir pena em regime domiliciar por pertencer ao
grupo de risco para o novo
coronavírus.
De cadeira de
rodas, ele saiu de casa, foi conduzido ao DHPP (Departamento de Homicídio e
Proteção à Pessoa), passou por exames no IML (Instituto Médico Legal) e levado
ao presídio.
Decisões da
Justiça
Na sexta-feira
(28), a Justiça de São Paulo determinou que Abdelmassih deveria sair do regime
de prisão domiciliar e retornar à penitenciária. A determinação foi expedida
pela 6ª Câmara de Direito Criminal do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo)
após recurso do MP-SP (Ministério Público de São Paulo).
O ex-médico
havia sido liberado em abril para cumprir pena em regime domiliciar por
pertencer ao grupo de risco para o novo coronavírus.
Abdelmassih tem
76 anos de idade e um quadro de doenças crônicas. Antes da liberação, ele
cumpria pena em regime fechado. Após a adoção do novo regime, o ex-médico
também foi liberado do uso de tornozeleira eletrônica devido à falta do
equipamento no sistema prisional. No regime domiciliar, ele não poderia sair de
casa, a não ser em caso de emergência médica.
Grupo de
risco
O pedido de
prisão domiciliar foi feito no fim de março, depois que a Justiça autorizou a
saída de alguns presos do regime semiaberto. A defesa de Abdelmassih alegou que
ele estava sujeito ao risco de morte caso fosse infectado. Além da idade
avançada, ele é portador de doença cardíaca grave.
O Ministério
Público alegou que há todas as condições para que Abdelmassih cumpra a pena na
penitenciária. De acordo com a Promotoria, a recomendação do Conselho Nacional
de Justiça, referente ao protocolo para a população carcerária na pandemia do
novo coronavírus, não pode ser justificativa para a soltura desenfreada de
presos.
Do R7, com
informações da Record TV
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