Marcelo Crivella, prefeito do Rio, manteve plano gradual de reabertura na cidade - Estefan Radovicz |
Prefeitura do
Rio não vai seguir as recomendações decretadas pelo governo do estado na última
sexta-feira, que prevê uma abertura mais ampla de estabelecimentos, como
shoppings
Rio - Após uma
reunião de seu comitê científico realizada na manhã deste domingo, a Prefeitura
do Rio de Janeiro decidiu manter seu cronograma de reabertura econômica e não
seguir as recomendações decretadas pelo governo do estado na última
sexta-feira. O plano elaborado pelo governo do Rio prevê uma abertura mais
ampla de estabelecimentos, como shoppings, pontos turísticos e restaurantes,
que só serão autorizados a abrir as portas pela prefeitura em etapas
posteriores de sua retomada.
O governo do estado explicou neste sábado que seu plano é uma recomendação a ser avaliada localmente pelos municípios, e não uma imposição. Com a decisão da prefeitura, os estabelecimentos na cidade do Rio de Janeiro devem continuar a observar o cronograma municipal. A cidade iniciou na semana passada a primeira das seis fases da retomada econômica após o isolamento social. Cada etapa tem duração prevista de 15 dias, mas o avanço no cronograma dependerá da avaliação de critérios como número de mortes, taxa de transmissão e ocupação de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI).
O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, concedeu uma entrevista coletiva ao lado de secretários na tarde de hoje. O subsecretário de saúde e integrante do comitê científico da prefeitura, Jorge Darze, disse que o decreto estadual surpreendeu as autoridades municipais.
"A decisão do governador nos surpreendeu, porque não havia nenhum estudo anterior à assinatura desse decreto que pudesse dar sustentabilidade para que esse decreto pudesse ser apresentado. Daí a nossa manifestação no sentido de continuar no projeto da prefeitura", disse Darze.
A secretária de saúde, Beatriz Busch, defendeu o momento em que a prefeitura decidiu adotar a retomada. Segundo Beatriz, a cidade tem ocupação de 87% nos leitos de UTI, e de 51% nos de enfermaria. Além disso, há 34 pessoas em processo de transferência para ocupar parte dos 93 leitos de UTI disponíveis.
"É isso que nos dá neste momento a possibilidade de continuar esse planejamento", disse ela, que anunciou que, a partir do dia 18, o município iniciará a retomada de consultas, exames e cirurgias eletivas.
O prefeito do Rio de Janeiro apresentou números de sepultamentos na cidade em junho, e afirmou que o número de mortes neste mês vem aumentando em um ritmo menor que em maio. Crivella disse que a cidade costuma registrar cerca de 5,5 mil sepultamentos em média, e esse número chegou a 10,2 mil em maio, com 2.122 mortes por suspeita de covid, 1.903 mortes em que a doença foi confirmada e 1.356 mortes em que a causa mortis informada foi síndrome respiratória.
Em junho, a média de sepultamentos por dia na cidade estaria em 238 por dia até ontem, ritmo que, se for mantido, fará o Rio passar de 7 mil mortes no fim do mês, com 1,5 mil a mais que a média histórica de 5,5 mil sepultamentos, mas abaixo do que foi registrado em maio.
"As recomendações que o governo do estado nos fez serão atendidas dentro da ordem cronológica e dos parâmetros que foram estabelecidos antes", disse Crivella, que afirmou ter uma preocupação grande com a piora dos números, que levaria a retroceder o desconfinamento. "Uma abertura ampla, geral e irrestrita poderá nos levar a uma situação que não queremos ter de novo, que é aquela situação de maio, com 4,7 mil óbitos a mais".
O município do Rio de Janeiro chegou hoje a 4.462 mortes por coronavírus, e 36.115 casos confirmados, segundo o balanço da Secretaria Estadual de Saúde divulgado no fim da tarde de hoje. O balanço traz 61 mortes a mais na cidade do Rio de Janeiro, óbitos esses que não necessariamente ocorreram de ontem para hoje, já que, em muitos casos, o resultado que confirma a covid-19 fica pronto dias depois da morte do paciente.
Além da decisão de manter seu cronograma, a prefeitura anunciou hoje que receberá amanhã (8) um carregamento com 162 respiradores que chegarão em um voo da Latam, que pousará nesta madrugada no Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim. O voo também trará monitores e equipamentos de proteção individual. Parte dos novos respiradores permitirá que a prefeitura ceda equipamentos a outros municípios fluminenses, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.
O governo do estado explicou neste sábado que seu plano é uma recomendação a ser avaliada localmente pelos municípios, e não uma imposição. Com a decisão da prefeitura, os estabelecimentos na cidade do Rio de Janeiro devem continuar a observar o cronograma municipal. A cidade iniciou na semana passada a primeira das seis fases da retomada econômica após o isolamento social. Cada etapa tem duração prevista de 15 dias, mas o avanço no cronograma dependerá da avaliação de critérios como número de mortes, taxa de transmissão e ocupação de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI).
O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, concedeu uma entrevista coletiva ao lado de secretários na tarde de hoje. O subsecretário de saúde e integrante do comitê científico da prefeitura, Jorge Darze, disse que o decreto estadual surpreendeu as autoridades municipais.
"A decisão do governador nos surpreendeu, porque não havia nenhum estudo anterior à assinatura desse decreto que pudesse dar sustentabilidade para que esse decreto pudesse ser apresentado. Daí a nossa manifestação no sentido de continuar no projeto da prefeitura", disse Darze.
A secretária de saúde, Beatriz Busch, defendeu o momento em que a prefeitura decidiu adotar a retomada. Segundo Beatriz, a cidade tem ocupação de 87% nos leitos de UTI, e de 51% nos de enfermaria. Além disso, há 34 pessoas em processo de transferência para ocupar parte dos 93 leitos de UTI disponíveis.
"É isso que nos dá neste momento a possibilidade de continuar esse planejamento", disse ela, que anunciou que, a partir do dia 18, o município iniciará a retomada de consultas, exames e cirurgias eletivas.
O prefeito do Rio de Janeiro apresentou números de sepultamentos na cidade em junho, e afirmou que o número de mortes neste mês vem aumentando em um ritmo menor que em maio. Crivella disse que a cidade costuma registrar cerca de 5,5 mil sepultamentos em média, e esse número chegou a 10,2 mil em maio, com 2.122 mortes por suspeita de covid, 1.903 mortes em que a doença foi confirmada e 1.356 mortes em que a causa mortis informada foi síndrome respiratória.
Em junho, a média de sepultamentos por dia na cidade estaria em 238 por dia até ontem, ritmo que, se for mantido, fará o Rio passar de 7 mil mortes no fim do mês, com 1,5 mil a mais que a média histórica de 5,5 mil sepultamentos, mas abaixo do que foi registrado em maio.
"As recomendações que o governo do estado nos fez serão atendidas dentro da ordem cronológica e dos parâmetros que foram estabelecidos antes", disse Crivella, que afirmou ter uma preocupação grande com a piora dos números, que levaria a retroceder o desconfinamento. "Uma abertura ampla, geral e irrestrita poderá nos levar a uma situação que não queremos ter de novo, que é aquela situação de maio, com 4,7 mil óbitos a mais".
O município do Rio de Janeiro chegou hoje a 4.462 mortes por coronavírus, e 36.115 casos confirmados, segundo o balanço da Secretaria Estadual de Saúde divulgado no fim da tarde de hoje. O balanço traz 61 mortes a mais na cidade do Rio de Janeiro, óbitos esses que não necessariamente ocorreram de ontem para hoje, já que, em muitos casos, o resultado que confirma a covid-19 fica pronto dias depois da morte do paciente.
Além da decisão de manter seu cronograma, a prefeitura anunciou hoje que receberá amanhã (8) um carregamento com 162 respiradores que chegarão em um voo da Latam, que pousará nesta madrugada no Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim. O voo também trará monitores e equipamentos de proteção individual. Parte dos novos respiradores permitirá que a prefeitura ceda equipamentos a outros municípios fluminenses, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.
Por Agência
Brasil
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