Os municípios do estado do Rio apresentaram queda de 29% em sua
corrente de comércio no ano passado, em comparação a 2018. É o que aponta
o Boletim Rio Exporta – Edição Firjan Regionais 2019. A capital não
está incluída. A redução é consequência da queda das importações em 35%
(fechando o ano em US$ 12 bilhões) e das exportações em 25% (US$ 20 bilhões).
Regiões com crescimento
No entanto, algumas cidades registraram crescimento. Caxias
e Região se destacou com um aumento da corrente de comércio de 75%
(US$ 14 bilhões), exportando e importando, principalmente, óleos brutos de
petróleo. Foi a maior região exportadora do estado, com um aumento de 105% (US$
10,5 bilhões). Seu desempenho em 2019 superou o de 2018, com uma balança
comercial positiva (US$ 7,2 bilhões). Também registraram aumento da corrente de
comércio Nova Iguaçu e Região, com 33% (US$ 2,2 bilhões);
Centro-Sul Fluminense, com 32% (US$ 160 milhões); e Noroeste Fluminense, com
287% (US$ 3 milhões).
No ano de 2019, a região Leste Fluminense registrou
US$ 1,5 bilhão nas exportações e US$ 336 milhões nas importações, recuos de 21%
e 9% respectivamente. No total, a região apresentou um saldo comercial
superavitário de US$ 1,1 bilhão. Dentre os munícipios, ressaltam-se os
embarques de Niterói (US$ 1,4 bilhão), com 96% de
participação, apesar do decréscimo de 22%, contribuindo para o resultado da
região. Em contraponto, São Gonçalo (US$ 22 milhões), Cabo
Frio (US$ 20 milhões), Tanguá (US$ 9 milhões) e Rio das Ostras (US$
6 milhões) tiveram crescimento no valor exportado frente ao ano de 2018.
O município de Niterói teve 40% de participação nas importações, com
queda de 32% no valor importado. Da mesma forma, São Gonçalo (38%) teve redução
de 7% no valor importado. Enquanto isso, Itaboraí e Rio das Ostras aumentaram
sua participação nas importações da região, com aumentos de 232% e 103%,
respectivamente, e crescimentos nos volumes e preços médios.
Os principais parceiros comerciais das regiões, em sua maioria, seguem
sendo China e Estados Unidos. Diante do avanço da pandemia do novo coronavírus
pelo mundo, Flávia Alves, especialista em Comércio Exterior da Firjan
Internacional, alerta para os potenciais efeitos negativos no país e, em
especial, no Rio. “Queda no valor exportado de petróleo, redução da demanda de
parceiros comerciais importantes, como China, Estados Unidos e Argentina, e
diminuição na importação de insumos e bens industriais podem ser alguns dos
efeitos causados por esta crise”, sublinhou.
A íntegra do documento Boletim Rio Exporta – Edição Firjan
Regionais 2019 está disponível em https://www.firjan.com.br/publicacoes/publicacoes-de-economia/boletim-rio-exporta.htm#pubAlign.
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