Ed Reed / Prefeitura de NY via EFE - EPA - 27.4.2020 |
Prefeito da
cidade disse que plano prevê fechamento de até 160 quilômetros de ruas da
cidade, assim como alargamento de calçada e abertura de ciclovias
O prefeito de
Nova York, Bill de Blasio, anunciou nesta segunda-feira (27) que vai fechar de
65 a 160 quilômetros de ruas da cidade para carros, além de ampliar calçadas e
abrir ciclovias, com o objetivo de garantir o distanciamento social e a
segurança dos pedestres, especialmente nos distritos mais atingidos pela
pandemia do novo coronavírus.
Durante sua
coletiva diásria, De Blasio explicou que o fechamento das ruas pode ser feito
de diversas maneiras, e destacou que pode tirar até 96 quilômetros de ruas hoje
usadas por cassos, especialmente às que ficam nos entornos dos parques e no
interior deles.
Além disso, o
prefeito novaiorquinho disse que também vai ampliar cerca de 5km de calçadas e
16km de ciclovias que hoje são exclusivas para ciclistas serão abertas para o
uso por pedestres.
"Este
verão será diferente de qualquer outro na história da nossa cidade. Vamos dar
aos novaiorquinos mais maneiras de sair de casa e, ao mesmo tempo, se manter
seguros com relação à covid-19", disse o prefeiro.
A intenção de
fechar as ruas de Nova York é uma das grandes questões pendentes da cidade, que
no início do mês precisou frear um projeto-piloto para fechar as principais
vias de cada distrito por falta de policiais para garanstir a segurança,
especialmente por causa do aumento de baixas por doença que a polícia registra
desde o início da pandemia.
Pelo plano da
prefeitura trechos de vias emblemáticas, como a Park Avenue, em Manhattan, a
Bushwick Avenue, no Brooklyn, a Grand Concourse, nmo Bronxx e a 34ª, no Queens,
seriam abertas aos cidadãos durante alguns dias na semana para que elas
pudessem caminhar com mais espaço e diminuir o risco de contágio.
A medida teve
de ser cancelada porque precisava de mais de 80 policiais por dia para
assegurar o fechamento do tráfego e porque as ruas também não tinham o
movumento que era previsto.
Novo método
para testes
Além disso, o
prefeito informou uma mudança na maneira que os testes para detectar a covid-19
serão feitos. Até agora, os exames precisavam de vários profissionais e um
sistema "complexo" de extração da amostra que era introduzido pelo
nariz e muitas vezes terminava com um espirro do paciente, o que colocava os
funcionários de saúde que faziam o teste em risco.
A partir de
agora, com o novo método, que De Blasio chamou de "self swab", o
paciente coloca o swab — a haste para coleta da amostra — nele mesmo, mas sob
supervisão médica durante todo o processo.
"Quando
você vai fazer o teste, no lugar do funcionário precisar se proteger com
equipamento de proteção individual para colocar uma haste na sua garganta,
agora simplesmente ele explicará ao paciente como ele deve tirar a amostra e
logo a pessoa pode ir para outro local, com mais privacidade, e fazer a coleta
ela mesma", disse o prefeito, que falou que o novo método é mais simples e
rápido, e que diminuirá a exposição ao vírus que o pessoal de saúde sofre em
Nova York.
Segundo De
Blasio, com essa mudança, a capacidade da cidade para realizar testes vai subir
de 15 para 20 por hora.
Contratações
na Saúde
Durante a
coletiva, o prefeito também afirmou que a cidade precisa contratar cerca de mil
profissionais de saúde e convidou as pessoas da área a lhe mandar seus
currículos.
A função desses
novos empregados será trabalhar com pacientes que tiverem testado positivo para
a covid-19 e tentar rastrear todas as pessoas que possam ter tido contato com
eles, para garantir que elas também façam o teste e cumpram com as medidas de
isolamento social.
"Os testes
serão vitais para poder reabrir a cidade", afirmou o prefeito, que disse
que as estatísticas de internação hospitalar em Nova York continuam melhorando
dia a dia.
Da EFE
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