Yehude Simon foi primeiro-ministro de Alan García
Paolo Aguilar / EFE - 11.6.2019
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Yehude Simon,
que fez parte do governo do ex-presidente Alan García, é investigado por
corrupção na concessão de um projeto de irrigação
O
ex-primeiro-ministro do Peru, Yehude Simon, que fez parte do segundo mandato do
já falecido ex-presidente Alan García, foi preso nesta
segunda-feira (24) como parte das investigações por suposta corrupção na
concessão de um projeto de irrigação à construtora Odebrecht.
Simon foi preso
preliminarmente por dez dias por ordem da juíza María Álvarez, que aceitou um
pedido do promotor José Domingo Pérez, membro da equipe especial que investiga
a operação Lava Jato no Peru, que também solicitou que a casa político no
distrito de Surco, em Lima, fosse revistada.
O mandado de
prisão também foi emitido contra Pablo Salazar, ex-gerente geral do Projeto
Especial Olmos Tinajones, que era uma pessoa muito próxima de Simon quando este
era governador da região norte de Lambayeque e a concessão foi entregue.
Declarações
de Jorge Barata
O promotor
Pérez confirmou hoje que solicitou o pedido de prisão preventiva contra Simon e
Salazar com base nas declarações recebidas no final do ano passado de Jorge
Barata, ex-diretor da Odebrecht no Peru.
Barata disse
aos promotores peruanos em outubro passado que a empresa brasileira entregou
US$ 300 mil para financiar a campanha de 2006 para a reeleição de Simon como
governador de Lambayeque, em troca de "acelerar" a concessão do
projeto.
Nessa
confissão, Barata também confirmou que a Odebrecht doou dinheiro irregular para
financiar as campanhas eleitorais dos ex-presidentes Alan García e Ollanta Humala,
além como da então líder da oposição, Keiko Fujimori.
Embora a prisão
preliminar de Simon tenha sido causada por um caso ligado ao seu mandato como
governador regional, ele se tornou o segundo presidente do Conselho de
Ministros do Peru a ser preso por conta do caso da Odebrecht.
Em dezembro de
2019, César Villanueva, ex-primeiro ministro do atual presidente Martín
Vizcarra, foi preso, cumprindo 18 meses de prisão preventiva por supostamente
ter recebido propina da Odebrecht para entregar a concessão da rodovia San José
de Sisa quando ele era governador da região amazônica de San Martín.
Da EFE
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