Sérgio Cabral,
ex-governador do Rio de Janeiro, foi condenado a 14 anos e 7 meses por
corrupção passiva nessa 4ª feira (29.jan.2020). É a 13ª sentença relativas à
Operação Lava Jato imposta a Cabral.
Segundo o jornal O Globo, a pena soma 282 anos,
5 meses e 3 dias de prisão.
A condenação se
deu no âmbito da operação Fatura Exposta (braço da Lava Jato que investiga
esquema de propina na área da saúde) e foi determinada pelo juiz federal
Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal do Rio de Janeiro. Eis a íntegra da sentença.
Em nota, a
defesa de Cabral afirmou que vai recorrer da sentença por discordar da pena
aplicada. “A postura de auxiliar as Autoridades será mantida”,
afirmou o advogado Márcio Delambert na nota. O ex-governador está preso desde
outubro de 2016.
Também foram
condenados o ex-subsecretário de Saúde Cesar Romero (18 anos) e os empresários
Miguel Iskin (22 anos e 9 meses), Gustavo Estellita (19 anos e 6 meses) e Luiz
Carlos Bezerra, ex-assessor de Cabral (4 anos e 1 mês).
O ex-secretário
de Saúde Sérgio Côrtes foi sentenciado a 15 anos de prisão por corrupção
passiva e pertencimento a organização criminosa. Ele foi preso em abril de 2017 e inocentado em uma denúncia de obstrução de Justiça.
Operação
Fatura Exposta
Em maio de
2017, o Ministério Público Federal indiciou 1 grupo liderado por Cabral que cobrava 5%
sobre todos os contratos firmados pelo Estado –inclusive na Secretaria de
Saúde. O esquema funcionou de 2007 a 2014 e envolveu 1 total de R$ 16,2 milhões
em propina.
Além de Cabral,
Côrtes e Romero recebiam, respectivamente, 2% e 1% sobre os valores dos
contratos da saúde. Os pagamentos eram recebidos e repassados pelos operadores
mensalmente e variavam entre R$ 400 mil e R$ 500 mil.
A operação
investiga apenas os crimes da área da Saúde. Outras infrações do ex-governador
são apuradas por diferentes instâncias da Lava Jato.
Em dezembro do
ano passado, Cabral fechou 1 acordo de delação premiada com a Polícia Federal e
se comprometeu a devolver R$ 380 milhões aos cofres públicos. O processo corre
em sigilo.
Poder360
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