Cláudia Cruz
foi condenada por evasão de divisas
Pedro
Ladeira/Folhapress - 05.11.2015
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Cláudia Cruz
está sentenciada a dois anos e seis meses, com direito a cumprimento de pena em
regime inicial aberto
O TRF4
(Tribunal Regional Federal da 4.ª Região) manteve nesta quinta-feira (16) a
condenação de Cláudia
Cruz, mulher do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB), pelo crime
de evasão de divisas, no âmbito da Operação Lava Jato.
Ela está sentenciada
a dois anos e seis meses, com direito a cumprimento de pena em regime
inicial aberto.
O emedebista
está preso desde outubro de 2016. Ele já foi sentenciado a 15 anos e 4 meses na
Lava Jato de Curitiba. Também foi sentenciado pelo juiz federal Vallisney de
Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, a 24 anos e 10 meses
por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e violação de sigilo funcional. A
sentença foi resultado da Operação Sépsis, que investiga desvios no Fundo de
Investimento do FGTS.
Cláudia havia
sido absolvida, em ação penal, pelo então juiz federal Sergio Moro. A
sentença por evasão de divisas foi imposta pelo Tribunal Regional Federal da
4.ª Região, que manteve apenas a absolvição pelo crime de lavagem de dinheiro.
Em recurso
contra a condenação, ela buscava a prevalência do voto vencido proferido pelo
desembargador Victor Luiz dos Santos Laus, que manteve absolvição pela prática
do crime de evasão de divisas.
Segundo o
acórdão do julgamento desta quinta (16), prevaleceu o voto-médio proferido pelo
desembargador João Pedro Gebran Neto, relator.
Moro
confisca R$ 640 mil de Cláudia Cruz
Esta ação teve
origem em contrato de aquisição pela Petrobras dos direitos de participação na
exploração de campo de petróleo na República do Benin, país africano, da
Compagnie Beninoise des Hydrocarbures Sarl - CBH. O negócio teria envolvido o
pagamento de propina a Cunha de cerca de 1,3 milhão de francos suíços,
correspondentes a cerca de US$ 1,5 milhão.
Segundo o
Ministério Público Federal, parcela da propina recebida por Eduardo Cunha no
contrato de Benin teria sido repassada à conta secreta na Suíça denominada de
Kopek, titularizada por Cláudia.
Nesta mesma
investigação, mas em outra ação penal, Cunha também já foi sentenciado. Os desembargadores
do TRF 4, por 2 votos a 1 diminuíram a condenação proferida por Moro ao
ex-presidente da Câmara e a fixaram em 14 anos e 6 meses.
Agência Estado
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