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BH é a capital com maior salário para prefeito no Brasil

Prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil é o que recebe maior salário
entre os chefes do executivo das outras capitais. — Foto: Raquel Freitas/G1
Alexandre Kalil ganha mais de R$31 mil. Cento e vinte e sete servidores recebem acima deste valor. Em fevereiro, um único funcionário teve remuneração bruta de mais de R$72mil.
Um levantamento feito pelo G1 em portais da transparência de todas as capitais brasileiras constatou que o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, é o que recebe o maior subsídio no cargo. O valor atual é de R$31.061,47.
Atrás do chefe do executivo de Belo Horizonte, estão Gean Loureiro (MDB), de Florianópolis, que ganha R$26.385 e Íris Rezende (MDB), de Goiânia, que recebe R$25.865 mensais.
O último aumento do salário do prefeito da capital mineira foi no final de 2016, quando subiu 25,86% de uma só vez. “Não existe um percentual máximo permitido para reajuste. A questão é que a Lei de Responsabilidade Fiscal diz que, para que haja qualquer tipo de aumento dos agentes, é necessário que exista previsão orçamentária para isso”, explica o professor de direito administrativo Carlos Henrique Barbosa.
O professor lembra, no entanto, que o subsídio do prefeito também tem um teto, que é o vencimento de um Ministro do Supremo Tribunal Federal, de pouco mais de R$35 mil.
Lei de Responsabilidade Fiscal
Salários dos prefeitos das capitais no Brasil em ordem decrescente
Foto: Rodrigo Sanches/Arte G1
A Prefeitura de Belo Horizonte está quase atingindo o limite de alerta em relação aos gastos com folha de pagamentos dos servidores públicos. De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, os governantes não podem gastar mais do que 60% da arrecadação.
Segundo o Portal da Transparência do executivo municipal, a despesa bruta com pessoal chegou a R$4,7 bilhões no ano passado, o que representa 51% da Receita Corrente Líquida, que foi de R$9,05 bilhões.
Em relatório, no entanto, a Prefeitura leva em conta o total líquido das remunerações, que é de R$ 4 bilhões e alega que estaria comprometendo 44,36%.
De acordo com o advogado Carlos Henrique Barbosa, a Lei de Responsabilidade Fiscal não é clara quanto ao que deve ser considerado para cálculos de comprometimento da receita, se é o valor bruto ou líquido. “Mas, de acordo com jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o certo seria considerar o valor bruto para cálculo do percentual”, afirmou.
Super salários
De acordo com o Portal da Transparência, a Prefeitura de Belo Horizonte possui, hoje, 43.344 servidores. Cento e vinte e sete recebem acima do teto, que é o vencimento do prefeito Alexandre Kalil, de R$ 31.061,47.
Ainda segundo o Portal, cinco trabalhadores ganham mais do que R$50 mil. Vinte e sete recebem entre R$40 e R$50mil. Noventa e três ganham de R$31.267 a R$40 mil.
A maior parte dos funcionários municipais que tem super salários são auditores fiscais. O maior salário em abril de 2019 foi de R$52.504, segundo o Portal da Transparência. O mesmo servidor ainda recebeu R$47.085,56, em fevereiro, e R$53.425, em março.
Mas, no Cadastro de Agentes Públicos do Estado e dos Municípios de Minas Gerais, no site do Tribunal de Contas, ele teria recebido, em fevereiro de 2019, o valor bruto de R$72.372,36. O líquido ainda ficou acima do teto, no valor de R$33.497.
O TCE disse que ainda não existe nenhuma suspeita de irregularidade em relação às contas da prefeitura. O Tribunal reforça que, em casos de suspeitas, um processo pode ser aberto através de denúncia por parte da população. O Ministério Público de Contas é outra instituição que pode abrir processo por meio de representação.
O que diz a prefeitura
Em nota, a Prefeitura de Belo Horizonte confirmou que 127 servidores, além do prefeito, recebem pagamento bruto igual ou maior do que R$31.061,47. Mas que, todos eles têm um desconto referente ao chamado “abate teto” e, por isso, o valor líquido não supera o limite.
A PBH disse ainda que os valores que constam no Portal da Transparência não consideram verbas de caráter indenizatório, como férias prêmio. Estas verbas não são consideradas para “abate teto”.
Sobre o servidor que consta no portal do TCE ter recebido mais de R$72 mil em fevereiro, a prefeitura negou que haja divergências nos dados. Segundo a PBH, os “números citados tratam de conceitos diferentes de remuneração. O Portal da Transparência da PBH considera as remunerações brutas, mas sem as verbas de caráter indenizatório recebidas eventualmente como, por exemplo, férias prêmio (verba não é considerada para fins de abate teto).”
Ainda em relação ao valor líquido recebido pelo servidor no mesmo mês, de R$33 mil, a prefeitura explicou que o valor compõe de verbas indenizatórias e valores atrasados que ele recebeu.
A PBH não se posicionou acerca do salário do prefeito.
Por Patrícia Fiúza, G1 Minas — Belo Horizonte

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