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do Facebook - 25.jan.2019 Bonat ocupa a vaga
de Moro na 13ª Vara Federal de Curitiba
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O juiz federal
Luiz Antônio Bonat, responsável pelos processos Lava Jato na 13ª Vara Federal
em Curitiba, retirou do inquérito que envolve o empresário Marcelo Odebrecht o
documento que cita o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Dias
Toffoli. Eis a íntegra do documento que cita o presidente do
Supremo.
O documento deu
base a reportagem da revista Crusoé “O amigo do amigo de meu
pai”. Após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, a
reportagem teve de ser retirada do ar sob pena de multa. O site Antagonista, que havia
reproduzido a reportagem, também foi notificado.
A decisão de
retirar o documento em inquérito estava sob sigilo, mas o juiz liberou
nesta 3ª feira (16.abr.2019) o acesso à decisão para afastar possíveis
interpretações equivocadas sobre o conteúdo.Bonat atendeu 1 pedido do MPF
(Ministério Público Federal), que informou que o documento não tem relação com
o inquérito que apura irregularidades na construção da Usina de Belo Monte, no
Pará.
Segundo Bonat,
a Polícia Federal deve encaminhar para a PGR (Procuradoria Geral da República)
o conteúdo do documento com a citação ao ministro Dias Toffoli e a outros
agentes com foro privilegiado.
Informações
do documento
Ministro do STF, Dias Toffoli |
No documento (eis a íntegra), Marcelo Odebrecht responde a uma
solicitação da Polícia Federal acerca de codinomes que aparecem em e-mails cujo
teor ainda é objeto de investigação.
A primeira
dessas mensagens foi enviada pelo empreiteiro em 13 de julho de 2007 a 2 altos
executivos da Odebrecht, Irineu Berardi Meireles e Adriano Sá de Seixas Maia.
No e-email, Marcelo pergunta: “Afinal vocês fecharam com o amigo do
amigo do meu pai?”. Adriano Maia responde, pouco mais de duas horas depois: “Em
curso”.
Em resposta, o
empreiteiro disse: “[A mensagem] refere-se a tratativas que
Adriano Maia tinha com a AGU sobre temas envolvendo as hidrelétricas do Rio
Madeira. ‘Amigo do amigo de meu pai’ se refere a José Antonio Dias Toffoli”.
Marcelo
Odebrecht disse ainda que mais detalhes do caso poderiam ser fornecidos à Lava
Jato pelo próprio Adriano Maia. “A natureza e o conteúdo dessas
tratativas, porém, só podem ser devidamente esclarecidos por Adriano Maia, que
as conduziu”, afirmou no documento.
Nesta 3ª feira
(16.abr.2019), a revista Crusoé e o site O Antagonista recorreram
ao STF para tentar reverter a decisão que retirou as reportagens dos sites. No
pedido, a defesa dos sites pediu liminar (decisão provisória) para suspender a
medida e os depoimentos de jornalistas e sócios dos veículos.
Poder360
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