O mosquito
Aedes aegypti é transmissor da zika e também
da febre do
Rift Valley. Pexels
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Assim como a
zika, a febre do Rift Valley é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti;
afeta a África subsaariana, mas apresenta risco de chegar ao país
Uma outra
doença transmitida pelo Aedes aegypti, a febre do Rift Valley,
comprovou-se ser ainda mais prejudicial às grávidas do que a zika, segundo um
estudo da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, publicado na revista
científica Science Advances.
A febre do Rift
Valley também pode ser transmitida pelo Cúlex, o mosquito doméstico, e até o
momento a circulação do vírus se restringe ao continente africano e ao Oriente
Médio.
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Mas, segundo o
infectologista Artur Timermann, presidente da Sociedade Brasileira de Arborivores
(SBA), existe risco de a doença chegar ao Brasil.
Atualmente, a
febre do Vale do Rift ocorre principalmente na pecuária da África subsaariana,
onde em 90% dos casos leva ao aborto espontâneo do rebanho contaminado. Há
casos também em humanos. Os sintomas lembram uma gripe, além de gerar graves
problemas ao fígado.
No ano 2000, a
doença infectou mais de 100 mil pessoas na Arábia Saudita, levando ao menos a
700 mortes, segundo o jornal norte-americano The New York Times.
Como se trata
de um vírus transmitido por um mosquito também disseminado em outros
continentes, como Américas e Europa, existe uma preocupação de que ele se
expanda rapidamente, de acordo com o jornal.
Não há vacina
ou tratamento para a febre do Vale do Rift. A Organização Mundial da Saúde
(OMS) definiu a doença como de grande potencial de emergência de saúde pública,
segundo o jornal.
Como os
sintomas da doença são inespecíficos, muitos casos de anomalias e de natimortos
podem não ter sido notificados, segundo o The New York Times.
No estudo com
camundongos, 65% dos filhotes nascidos de mães infectadas morreram. Cada mãe
infectada perdeu ao menos um filhote e todos os filhos das mães infectadas
contraíram o vírus.
Camundongos
prenhes também foram mais suscetíveis à morte por febre do Vale do Rift do que
animais não prenhes.
Para os
pesquisadores, o mais surpreendente foi que as placentas de mães infectadas
abrigaram mais vírus do que qualquer outro tecido do corpo, até mesmo que o
fígado, onde o vírus costuma causar danos.
Testes em
tecido placentário humano mostraram que, diferentemente do vírus zika, o vírus
da febre do Vale do Rift tem uma capacidade única de infectar a camada de
células da placenta por onde nutrientes fluem, de acordo com o estudo.
Deborah Giannini, do R7
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