Paciente
passou mal, foi levada para hospital e morreu duas horas depois. Mãe do médico
também está foragida, e namorada foi presa. Ambas participaram do procedimento,
diz polícia.
O médico Denis
Cesar Barros Furtado, suspeito de realizar um procedimento estético na
cobertura de um apartamento na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, que
resultou na morte da bancária Lilian Calixto, 46 anos, é considerado foragido
da Justiça. A mãe de Denis também é considerada foragida, e a namorada do
médico está presa. Ambas participaram do procedimento, diz polícia
Parentes
contaram que Lilian
saiu de Cuiabá, em Mato Grosso, onde morava, para fazer um procedimento
estético nos glúteos. Ela passou por complicações e foi socorrida
ao Hospital Barra D'Or em estado extremamente grave, segundo a unidade de
saúde, e acabou morrendo na madrugada de domingo (15).
O hospital
informou o caso à polícia que fez buscas, na segunda-feira (16), no apartamento
onde a cirurgia foi feita. No local, policiais encontraram alguns produtos e
cadernos com anotações.
“Quando a
vítima contratou esse serviço, ela pensou que seria feito num consultório. Como
já levantamos, ele faria isso com outra cliente, que acabou desistindo",
disse a delegada Adriana Belém, da 16ª DP (Barra da Tijuca).
Segundo a
delegada, três pessoas auxiliaram Denis no procedimento: "A mãe, que é
médica, mas cujo CRM foi cassado no Rio; a namorada, que é técnica de
enfermagem; e uma terceira pessoa", listou Adriana. "Descobrimos que
ele não poderia estar trabalhando aqui. O CRM dele é de Goiânia e Brasília”,
completou a delegada.
Segundo
Adriana, Denis dizia que tinha uma clínica num shopping no Rio de Janeiro, que
está inscrita na prefeitura como um salão de beleza. A polícia também pediu
mandado e realizou busca e apreensão no local. Foram encontrados medicamentos
escondidos.
“Funcionários
disseram ser um salão de beleza. Na realidade, a maior parte dos medicamentos,
apreendemos na casa dele”, disse a delegada.
O presidente do
Conselho Regional de Medicina (Cremerj) Nelson Nahon disse que, por não ter CRM
no Rio de Janeiro, ele não tem autorização para trabalhar no estado. E o
procedimento jamais poderia ser feito num apartamento.
“Isso serve
de alerta para a população, para tomar cuidado. Procedimentos médicos,
cirúrgicos ou estéticos só podem ser feitos em clínicas ou hospitais que são
aparelhados para isso”, disse Nahon.
Enteado da
vítima, Alessandro Jaberce diz que ela era muito vaidosa e veio fazer uma
cirurgia para aumentar o bumbum. O médico responsável é conhecido nas redes
sociais e tem mais de 600 mil seguidores. Ele oferece diferentes serviços de
estética no Rio, em São Paulo e em Brasília.
“A gente tinha
informação de que o procedimento era em clínica. Chegamos aqui e fomos
surpreendidos. O procedimento foi feito na casa dele, na cobertura dele. A
cirurgia ia ser feita em Brasília, mas de última hora foi mudada para o Rio de
Janeiro. Não sei o motivo, só sei que foi feito num apartamento, e isso não
entra na nossa cabeça”, disse o enteado.
Por Bom Dia Rio
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