Foto tuitada
por Elon Musk mostram esforço de resgate de meninos
presos em caverna da Tailândia, nesta
terça-feira (10)
(Foto: Courtesy of Elon Musk via AP)
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Quatro
meninos e o técnico foram os últimos a deixar a caverna Tham Luang, no norte do
país. Operação desta terça foi complicada pela chuva.
Após três dias
de resgate, 12 meninos e o seu técnico de futebol foram retirados da caverna
Tham Luang, no norte da Tailândia, e passam bem. A operação desta terça-feira
(10) foi a mais desafiadora, porque chovia e o número de resgatados foi
superior ao das missões anteriores.
Como estava
previsto, o técnico, Ekkapol Chantawong, de 25 anos, foi o último a voltar à
superficie. Oito crianças - em dois grupos de quatro pessoas - do time de
futebol chamado "Javalis Selvagens" já tinham sido retirados da
cavidade subterrânea desde o começo das operações, no domingo (8).
“Não temos
certeza se isso é um milagre, uma ciência ou o que é. Todos os 13 Javalis agora
estão fora da caverna ”, comemorou a Marinha tailandesa em post no Facebook.
De acordo com o
jornal “The Guardian”, prosseguem os trabalhos para a retirada de um médico e
três fuzileiros navais que entraram na caverna para dar assistência ao grupo.
Além da Marinha, líderes internacionais, como o presidente Donald Trump e a
premiê Theresa May, comemoraram
o sucesso da operação de resgate.
Ao sair da
caverna, os resgatados passam por um hospital improvisado montado na saída da
caverna. Em seguida, são transferidos de ambulância para um helicóptero para
serem levados ao hospital da província de Chiang Rai, que fica a cerca de 70
km. Nesta terça, houve uma certa demora em transferir os meninos para o
helicóptero, mas três ambulâncias foram vistas deixando o local, de acordo com
a BBC.
As oito
primeiras crianças trazidas para a superfície permanecem internadas, mas passam
bem. Elas estão em quarentena para evitar alguma infecção já que a saúde do
grupo ficou fragilizada por um longo
período de jejum forçado.
Nesta terça, um
jornalista estrangeiro foi detido pela polícia por colocar um drone para
sobrevoar a entrada da caverna enquanto aconteciam as operações de resgate.
Operação
delicada
A operação
de resgate é bastante complexa e perigosa: as galerias subterrâneas
estão completamente escuras e são de difícil acesso. O grupo precisa atravessar
trechos inundados, muito estreitos e com um relevo bastante acidentado. Alguns
dos meninos não sabem nadar. Todos precisaram aprender técnicas de mergulho às
pressas. O estado de saúde dos meninos e do técnico também preocupam a equipe
de resgate.
O
primeiro-ministro tailandês, Prayut Chan-o-chau, afirmou que os meninos
receberam ansiolíticos antes de serem levados à superfície, segundo o “The
Guardian”. Nos últimos dias, resgatados foram vistos chegar à superfície em
macas.
Os nomes dos
resgatados não foram divulgados nem mesmo para os pais. As autoridades tomaram
essa atitude para preservar os pais das crianças que ainda não tinham sido
retiradas da caverna. Questões
culturais explicam a decisão das autoridades.
Em princípio, o
governo anunciou que os 12 meninos, de 11 a 16 anos, e o técnico, de 25 anos,
seriam retirados em quatro grupos. O primeiro, com quatro crianças, e depois
três grupos de três pessoas. Diante do sucesso
do primeiro dia de operação, que aconteceu no domingo (8), quatro
pessoas também foram
retiradas na segunda (9).
Entre as
operações, existe uma pausa para que novos cilindros de oxigênio fossem
colocados na cavidade subterrânea e para o descanso dos mergulhadores. Uma
equipe de 90 mergulhadores foi mobilizada - 50 estrangeiros e 40 tailandeses.
Mais de 1000 pessoas fazem parte das equipes.
No dia 23 de
junho, o time de futebol "Javalis Selvagens" entrou na caverna após
um treino e foi surpreendido pelas fortes chuvas, que provocaram a inundação
das galerias subterrâneas. O grupo passou nove dias desaparecido até que dois
mergulhadores britânicos os localizassem na segunda-feira (2). Abatidos, eles
estavam sobre uma rocha a mais de 4 km da entrada da gruta.
Medo de
tempestade
No início, as
autoridades estudaram deixar o grupo dentro da caverna até o fim da estação
chuvosa - o que significava que eles poderiam ficar presos por até quatro
meses. Porém, o bombeamento constante de água para fora da cavidade e a
interrupção das fortes chuvas contribuíram para que o nível da água abaixasse,
possibilitando o resgate.
A queda no
nível de oxigênio na cavidade subterrânea e a elevação do dióxido de carbono
também pressionaram as equipes abreviar o resgate.
As equipes
começaram a esvaziar o entorno da caverna para a operação de resgate ainda no
fim da noite de sábado (7). Os mais de 1000 jornalistas que acompanham o
resgate tiveram que se afastar da região.
Por G1
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