Pilotos que
fizeram o trajeto afirmam que levaram até equipes de babás, sem a presença do
ex-governador.
A Justiça do
Rio ouviu nesta quinta-feira (19), testemunhas de acusação no processo que
acusa o ex-governador Sérgio Cabral e a ex-primeira-dama do estado Adriana
Ancelmo de usar helicópteros públicos para uso particular.
O primeiro a
ser ouvido foi o empresário Fernando Cavendish. Ele confirmou que conviveu com
Cabral e Adriana Ancelmo desde 2003. Chegou a ter uma casa no mesmo condomínio
de luxo de Cabral em Mangaratiba. Segundo Cavendish, Cabral ia para Mangaratiba
religiosamente todo final de semana sempre utilizando helicópteros do governo,
levando inclusive parentes.
Dono da
construtora Delta, Cavendish foi preso em julho de 2016, na Operação Saqueador,
mesma que prendeu o contraventor Carlinhos Cachoeira. Na Lava Jato, a Delta é
acusada de abastecer com propina caixas de campanhas eleitorais de políticos.
É o segundo dia
de audiência. O juiz Guilherme Schilling ouve testemunhas de acusação,
inclusive pilotos que trabalham para o Estado do Rio. Eles confirmam o uso de
helicóptero do governo para as viagens para Mangarativa.
Eles confirmam
inclusive que levaram equipes de babás para Mangaratiba sem a presença do
ex-governador. Os pilotos também destacaram o custo das aeronaves, algo em
torno de mil dólares por hora.
Segundo o
Ministério Público, Cabral e Adriana Ancelmo usaram helicópteros do governo
para fins pessoais em 2281 voos. O prejuízo para os cofres públicos, de acordo
com o órgão, fica em torno de R$ 20 milhões
Por Mariana Queiroz, GloboNews
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