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Alex Gomes, Velemu Lubisse, Santiago Drexler,
Elton Correia,
Ana
Jerdy e Marco Túlio, da UFRJ, campeões do PetroBowl
regional (Foto: Divulgação/UFRJ)
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Quatro mata-matas que exigiram agilidade,
sangue-frio, estratégia e memória - e tudo isso em um único dia de competição.
Enquanto Neymar e os demais comandados de Tite contaram com até seis dias de
folga entre uma partida e outra lá na Rússia, outra seleção brasileira teve
apenas 12 horas para dobrar seus adversários em Trinidad e Tobago - e foi
campeã.
Time de cinco jovens da UFRJ faturou no
último domingo (24) o tricampeonato regional do PetroBowl, uma "Copa do
Mundo" de conhecimentos (em inglês) sobre a indústria do petróleo. O
título credencia a equipe para a grande final, em setembro, nos Estados Unidos,
e os brasileiros tentam o bicampeonato. A UFRJ levantou o caneco em 2016.
Como é a
competição
O PetroBowl se assemelha a programas de
perguntas e respostas da TV. Confira a dinâmica (toda em inglês):
- As equipes
se enfrentam sentadas numa grande mesa, com o mediador no
meio. Na frente de cada integrante, há um botão;
- O mediador
começa a ler o enunciado, e quem souber a resposta pode acionar a
sirene a qualquer momento;
- Quem
apertou obrigatoriamente tem de responder, sem ajuda dos colegas,em
cinco segundos;
- Se acertar,
a equipe tem direito a responder a uma pergunta-bônus, agora
com 15 segundos;
- Se
errar, o time perde pontos;
- São dois
tempos de oito minutos, uma pergunta seguida de outra.
Uma curiosidade é o estilo das questões
"toss-up" (em ritmo acelerado), em que os times têm de bater
primeiro. Em vez de fazer uma pergunta, o mediador vai lendo a descrição de
algo - uma técnica, uma área de estudo, uma ferramenta; a resposta é justamente
o objeto descrito (veja no fim da reportagem exemplos de perguntas).
"Não é só saber mais, ter mais
conhecimento; é preciso ter agilidade também", ressalta Alex Gomes de
Souza, um dos campeões. "Temos que compreender a pergunta o mais rápido
possível na primeira frase, nas três primeiras palavras até", detalha.
E cai de tudo. "As perguntas são bem
amplas sobre a indústria do petróleo", explica Santiago Drexler, professor
e treinador do time. "Acadêmico ou não, incluindo a história da
exploração", continua.
Segundo Drexler, o treinamento dura o ano
todo. "A gente divide as diferentes áreas da competição, e os alunos
estudam não só do material recomendado mas também da nossa própria base de
dados", conta. "O pessoal faz reunião de estudos e avaliação de
desempenho uma vez por semana e com maior frequência nos meses antes da
competição", ressalta. O time é patrocinado pela Shell, que custeia passagens
e estadia.
A jornada rumo ao tri continental teve
momentos dignos de "Haaaja coração!", como diz Galvão Bueno.
"Foi a semifinal", lembra Alex. "Encaramos os peruanos, eles
estavam muito bem na competição", diz.
Tal como num jogo parelho de basquete, as
universidades se alternavam no placar. "No fim do primeiro tempo,
estávamos na frente por um ponto. Cada questão valia dez pontos no máximo. Eles
acertavam e passavam a gente. A gente acertava e empatava, mas aí eles passavam
de novo. Só que a gente não errou nenhuma pergunta no segundo tempo, ao
contrário deles", vibra.
A final, contra os donos da casa, foi mais
fácil. Com o tricampeonato garantido, agora é hora de se preparar para a
finalíssima, em Dallas. "A expectativa é boa, o time está muito bem e
motivado", avalia Drexler.
O time
campeão
- Alex Gomes de Souza, estudante do 5° período de Bacharelado em Química
- Velemu Vuthu Davida Lubisse, estudante do 9º período de
Engenharia de Petróleo
- Elton Lima Correia, estudante do 9º período de Engenharia de Petróleo e capitão
- Ana Carolina Jerdy, estudante do 9º período de Engenharia Química
- Marco Tulio Bergamini Wendhausen Portella, estudante do 6º período de
Engenharia de Petróleo
- Santiago Drexler, mestre em Engenharia Química, técnico do time e professor da
UFRJ
A equipe mantém uma página no
Facebook, onde posta novidades e fotos.
Você se
sairia bem na PetroBowl?
1) Esse é um ramo da Matemática que tenta
trazer alguma compreensão na análise de medidas quantitativas. Esta ciência lida
com a coleta, a análise e a interpretação de dados numéricos, frequentemente
usando a teoria da probabilidade. Também pode envolver a geração de dados
sintéticos entre ou dentro de um grupo de dados medidos.
- Resposta:
Estatística
2) Essa é uma rocha sedimentar rica em carbono
que se forma a partir dos restos de plantas depositadas como turfa em ambientes
pantanosos. Tipos comuns desta rocha são antracito e lignito. Eles podem ser
distinguidos pela sua dureza e conteúdo energético, que são afetados pelo seu
conteúdo orgânico, bem como suas condições de formação.
- Resposta:
Carvão
3) Esse é um processo dinâmico de mistura
de fluidos no qual um gás injetado troca componentes com óleo 'in situ' até que
as fases atinjam um estado de miscibilidade dentro da zona de mistura da frente
de inundação. Em um drive de vaporização, componentes leves e intermediários da
fase de óleo entram na fase gasosa. Em contraste, em uma unidade de
condensação, componentes intermediários da fase gasosa entram na fase oleosa. O
processo pode ser uma combinação de unidades de vaporização e condensação.
- Resposta: Miscibilidade
dinâmica
4) Cite quatro vantagens dos poços horizontais.
- Resposta:
(1) Índices de produtividade mais altos se comparado a um poço vertical
com as mesmas condições de pressão; (2) A possibilidade de drenar camadas
de formação relativamente finas; (3) diminui o cone de água e gás; (4)
Maior exposição a sistemas naturais de fratura na formação.
Por Eduardo Pierre, G1 Rio

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