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Carlos
Miranda, preso desde 2016 por distribuir a propina
no esquema
de Sérgio Cabral (Foto: Reprodução/TV Globo)
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Segundo
Miranda, secretário concentrava dois terços de valores de propinas arrecadados
de fornecedores e Cabral ficaria com um terço. Eles negam as acusações.
Um novo trecho
da delação de Carlos Miranda envolvem a secretaria de Ciência e Tecnologia e a
Loterj nos esquemas de propinas que seriam chefiados pelo ex-governador Sérgio
Cabral.
Segundo
Miranda, apontado como operador do grupo ligado a Cabral, na secretaria de
Ciência e Tecnologia, os pagamentos de vantagens indevidas eram cuidadosamente
divididos.
Carlos Miranda
contou que foi informado do acordo por Sérgio Cabral e Wilson Carlos, então
secretário de governo.
Miranda disse
que do total da propina cobrada em contratos da secretaria, dois terços
deveriam ser destinados a Alexandre Cardoso, para que Cardoso fizesse frente às
despesas do partido dele e um terço ia para Cabral
Alexandre
Cardoso era o secretário de Ciência e Tecnologia até 2012, quando venceu a
eleição para prefeito de Caxias. Ele foi do PSB até 2013.
Carlos Miranda
também revelou como eram feitos os pagamentos, Ele explicou que o
vice-presidente da Faetec, que é ligada à secretaria, arrecadava os valores
junto a fornecedores e avisava Wilson Carlos.
Wilson Carlos
informava Sérgio de Castro Oliveira, o Serjão, outro operador financeiro do
grupo, para coletar os recursos.
O
vice-presidente da Faetec era Erly Magalhães. A delação cita que o presidente
da Faetec era Celso Pancera, mas Miranda não fala nada sobre ele.
Miranda afirma
que esses pagamentos ocorreram de 2007 a março de 2014.
E que eles
continuaram mesmo após a troca do secretário, que passou a ser Gustavo Tutuca,
já na gestão de Luiz Fernando Pezão.
Miranda diz que
os valores eram arrecadados com periodicidade bimestral aproximadamente; que
cada pagamento girava em torno de R$100 mil.
Gustavo Tutuca,
hoje, é deputado estadual pelo MDB, e líder do governo Pezão na Alerj.
Loterj
O RJTV também
teve acesso ao trecho da delação em que Carlos Miranda fala de propina
envovendo a Loterj.com pagamentos para o ex-governador Sérgio Cabral.
Miranda revela
que Sergio Ricardo, com alguma regularidade, pagava a Sergio Cabral.
Sérgio Ricardo
de Almeida é o presidente da Loterj.
Carlos Miranda
disse que o dinheiro era proveniente de propina que Sergio Ricardo arrecadava
na Loter e que os valores giravam em média de R$ 30 mil a R$ 50 mil por mês.
Miranda faz uma
ressalva: que não havia regularidade fixa dos pagamentos serem mensais, muitas
vezes atrasava.
O delator
explica ainda que os valores eram entregues a Sérgio de Castro Oliveira, o
Serjão, em diferentes locais e que muitas vezes eram entregues em frente à casa
de Sergio Ricardo, num prédio na Rua Fonte da Saudade, na Lagoa.
Miranda afirma
que a propina girava em torno de R$ 300 mil por ano e que Sergio Ricardo não
possuía operador: ele próprio fazia as entregas.
Carlos Miranda
ainda diz que não sabe a origem dos valores, mas acredita serem de algum
contrato da Loterj.
Defesas
Em nota, o
deputado Gustavo Tutuca diz que as acusações de Carlos Miranda são mentirosas e
que nunca recebeu recursos ilícitos.
A defesa de
Wilson Carlos disse que ainda não teve acesso à integra da delação de Carlos
Miranda.
O presidente da
Loterj, Sérgio Ricardo de Almeida, afirmou que nunca teve qualquer relação com
carlos miranda e negou a existência de qualquer ato irregular em sua gestão.
A secretaria de
Ciência e tTecnologia disse que todos os contratos firmados nas gestões citadas
e na atual gestão foram feitos absolutamente dentro da lei.
E nós não
conseguimos contato com a defesa de Sérgio Cabral nem com Alexandre Cardoso, e
Erly Magalhães
Por G1 Rio
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