© Dudu
Lima/Estadão Palácio do Itamaraty, em Brasília.
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O Ministério
das Relações Exteriores acompanha o caso dos brasileiros que geraram polêmica
ao constranger uma mulher russa, mas ressalta que não pode interferir em uma
possível abertura de inquérito na Rússia. "Denúncias sobre
qualquer tipo de infração à legislação russa são recebidas e apuradas pelas
autoridades daquele país", disse trecho de nota enviada ao Estado.
O Itamaraty
destaca que elaborou em conjunto com o Ministério do Esporte um guia consular
para orientar torcedores e turistas brasileiros em viagem à Rússia durante
a Copa do Mundo. O guia traz recomendações expressas contra atos de
violência verbal, visual ou física, em especial que insultem ou humilhem
pessoas em razão de gênero, raça, etnia, origem social, religião e orientação
sexual. O documento fala inclusive de canções que violem normas de decoro.
O guia possui
138 páginas e tem dicas sobre as leis do país, costumes, idioma, moeda,
documentação e transporte. Trecho da carta ressalta que "comportamento
interpretado como assédio sexual enseja multa e prisão de até um ano".
Outra parte do
documento lembra que não cabe às autoridades diplomáticas brasileiras
"evitar detenção de cidadão brasileiro ou garantir sua liberação, quando
acusado de crime ou infração, ou providenciar-lhe tratamento diferenciado, em
prisão, daquele prestado a nacionais russos".
Seis
escritórios de assistência consular auxiliam os brasileiros durante a Copa do
Mundo em Moscou, São Petersburgo, Sochi, Rostov, Samara e Kazan. O Brasil é o
terceiro país que mais comprou ingressos para o Mundial. Cerca de 66 mil
bilhetes foram vendidos para residentes no País.
Estadão
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