Restaurante popular abandonado no Méier vira abrigo de moradores de rua e ponto de drogas | Rio das Ostras Jornal

Restaurante popular abandonado no Méier vira abrigo de moradores de rua e ponto de drogas

Restaurante popular abandonado no Méier vira abrigo
 de moradores de rua e ponto de drogas

As denúncias são de vizinhos, que alegam que o local, abandonado desde o fechamento, em novembro de 2016, agora representa problemas de segurança.
Os problemas que envolvem o desativado Restaurante Popular Josué de Castro vêm aumentando nos últimos meses. As denúncias são de vizinhos, que alegam que o local, abandonado desde o fechamento, em novembro de 2016, recentemente virou abrigo de moradores em situação de rua e até ponto de usuários de drogas.
Em junho do ano passado, o Bom Dia Rio mostrou que a unidade estava sendo saqueada por ladrões. Na época, um grupo invadiu o antigo restaurante popular e levou o que podia em carrinhos de supermercado: carrinhos elétricos, cadeiras, torneiras e até fiação. Mas, atualmente, vizinhos revelaram que a segurança dos moradores dos prédios ao lado está sendo ameaçada constantemente.
"Colocamos grades e cerca de arame, daquelas bem fortes, para evitar que as pessoas que ficam ali no restaurante invadam nossas casas, porque já tiveram vários casos em que invadiram os prédios do lado. Algumas pessoas até se mudaram outras já querem vender o apartamento", contou uma moradora, que não quis se identificar com medo de represálias.
Camisinhas e seringas no chão
G1 visitou a área em que fica o estabelecimento, situado na Rua 24 de Maio, no Méier, na Zona Norte, e registrou o descaso por parte do governo. No local, muitos objetos indicam que pessoas ocupam o imóvel em diferentes horários do dia.
Seringas, camisinha, lençóis, colchonetes, roupas, maços de cigarro podem ser encontrados jogados no chão. Os talheres, que fazem lembrar que ali já foram servidas milhares de refeições diariamente, estão misturados com outros dejetos. Quando foi inaugurado, em outubro de 2008, o estabelecimento servia, de segunda a sexta-feira, das 10h às 15h, três mil refeições a R$ 1; e das 6h às 9h, 1.500 cafés da manhã a R$ 0,35.
"Comem ali, fazem cocô, fica um cheiro horrível. Também tem muita gente que fuma e fica usando droga ali dentro, porque é um local escondido, sem fiscalização. A gente vê as pessoas entrando e não vê saindo", disse um outro morador, que teve a casa invadida no início do ano. "Um homem que estava usando droga invadiu meu quintal para fugir dos guardas, mas não me fez nada."
No prédio ao lado, é possível enxergar duas placas oferecendo apartamentos à venda. O mesmo prédio é cercado de grades altas e muitas cercas de lâminas de aço, que são difíceis de serem removidas.
Restaurante popular do Méier é usado como abrigo por
 moradores em situação de rua (Foto: Marcos Serra Lima/G1)
De acordo com muitas pessoas que circulam perto do local diariamente, a população fica com medo e já denunciou para a polícia. "Na parte da noite fica mais cheio, porque as pessoas dormem ali. Aqui no ponto de ônibus, que fica bem em frente, fica todo mundo com medo de assaltarem a gente. Por que o governo não utiliza o espaço para outras ações?", questiona a estudante Flávia Mendes, de 21 anos.
Governo diz que busca parcerias para reabrir local
Questionado, o governo do estado não informou quanto gasta por mês para manter o estabelecimento fechado, mas disse que está buscando novas parcerias para reutilizar o local.
A Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia, Inovação e Desenvolvimento Social (SECTIDS) informou também que o Restaurante Popular do Méier "teve suas atividades encerradas em novembro de 2016 por conta da total falta de condições financeiras de manter o mesmo em funcionamento". Das 16 unidades que existiam, cinco foram passadas para os municípios e oito estão fechadas.
"Ressaltamos que novas parcerias com outros órgãos do governo do estado e público-privados estão sendo acordadas para viabilizar a reabertura do equipamento para o público", diz a nota. A Secretaria informou também que acionou a Polícia Militar para solucionar a questão das invasões e uso indevido do espaço.
Por Patricia Teixeira, G1 Rio

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