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Washington
acusa regime norte-coreano de usar arma química para assassinar Kim Jong-nam no
aeroporto de Kuala Lampur. Ela foi morto com agente VX, uma substância
neurotóxica considerada uma arma de destruição em massa.
Uma
investigação conduzida pelos Estados Unidos concluiu que o meio-irmão do líder
norte-coreano, Kim Jong-un, foi assassinado com o agente VX, uma substância
neurotóxica, a mando do regime em Pyongyang, afirmou nesta terça-feira (06/03)
o Departamento de Estado.
Kim Jong-nam
morreu pouco depois de duas mulheres borrifarem seu rosto com o agente VX
enquanto ele caminhava no aeroporto de Kuala Lampur, em 2017. Elas estão sendo
julgadas por assassinato. Se forem declaradas culpadas, podem ser condenadas à
pena de morte.
Em resposta, os
Estados Unidos afirmaram que vão impor novas sanções à Coreia do Norte. A lista
divulgada indica que elas são de caráter simbólico, pois o país já é alvo de
fortes sanções. O anúncio ocorreu no mesmo dia em que a Coreia do Sul indicou que
os dirigentes de Pyongyang estavam dispostos a discutir a desnuclearização com
os americanos.
Kim Jong-nam
carregava um medicamento que poderia ser utilizado como antídoto ao VX, o
agente neurotóxico com o qual foi assassinado na Malásia, afirmou uma especialista
durante o julgamento das duas acusadas pelo crime.
Ele estava com
12 comprimidos de atropina na sua mochila quando foi atacado, em 13 de
fevereiro de 2017, no aeroporto internacional de Kuala Lumpur, mas morreu
poucos minutos depois da agressão com o VX, uma versão altamente letal do gás
sarin e considerada uma arma de destruição em massa.
A indonésia
Siti Aisyah e a vietnamita Doan Thi Huong foram julgadas pelo assassinato num
tribunal de Shah Alam, distrito próximo ao aeroporto da capital malaia.
Elas foram
detidas pouco depois do crime e se declararam inocentes no início do
julgamento, em 2 de outubro, alegando que foram enganadas e que acreditavam
estar participando de um programa de televisão do tipo "pegadinha".
Imagens de
câmeras de segurança do aeroporto mostram as duas mulheres se aproximando de
Kim Jong-nam por trás e jogando um líquido no rosto dele. Kim Jong-nam era um
crítico do regime norte-coreano e vivia no exílio.
Desde o início
do caso, a Coreia do Sul acusa a Coreia do Norte de ter planejado o
assassinato, o que Pyongyang nega.
AS/lusa/efe/rtr
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