O primeiro-ministro
de Israel, Benjamin Netanyahu, durante
discurso no American Israel Public Affairs
Committee, em
Washington,
DC, na terça-feira (6) (Foto: Nicholas Kamm/AFP)
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Benjamin
Netanyahu apresentou mapa com os países do Oriente Médio que considera que o
Irã quer dominar. Em discurso durante evento, ele advertiu que Washington e
Israel 'não estariam sozinhos' no
caso de enfrentarem o país.
O
primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, deu um tempo em seus
problemas legais para denunciar nesta terça-feira (6) a "tirania
radical" do Irã em um duro discurso ante um lobby pró-israelense em
Washington.
Netanyahu, que
enfrenta uma investigação por corrupção em seu país, estava cercado de amigos
na capital americana, onde compareceu ao American Israel Public Affairs
Committee (AIPAC) um dia depois de se
reunir com o presidente Donald Trump, que disse que a relação entre os
dois aliados "nunca foi tão boa".
O premiê
israelense agradeceu a Trump por sua promessa de deixar o acordo nuclear do Irã
se este não for endurecido, e assegurou que Israel e seus vizinhos árabes
apoiariam esta decisão.
Para enfatizar
sua postura, Netanyahu apresentou um mapa com os países do Oriente Médio que
considera que o Irã quer dominar, como Síria, Iêmen, Líbano, Iraque e Gaza,
pintados em preto.
"A
obscuridade está tomando conta de nossa região. O Irã está construindo um
império agressivo", declarou, em uma mensagem de acusação a Teerã por
apoiar Bashar al-Assad na guerra civil da Síria para ter bases permanentes na
fronteira de Israel.
"A força
por trás de tanto mal é a tirania radical do Irã. Tenho uma mensagem para vocês
hoje, é muito simples: devemos deter o Irã, vamos deter o Irã", alfinetou.
Trump retirou o
apoio de Washington ao acordo do Irã para 2015, que os aliados europeus dos
Estados Unidos consideram essenciais para controlar a capacidade nuclear de
Teerã.
O Irã,
entretanto, insiste que jamais tentou construir armas atômicas, mas advertiu
que poderia restabelecer sua capacidade se os Estados Unidos romperem o acordo
com sanções econômicas.
Israel e
Estados Unidos consideram que os limites de tempo deixam o caminho livre para
que Teerã consiga a bomba nuclear, e argumentam que o Irã não moderou sua
posição, e que seu papel na região é cada vez mais perigoso.
Netanyahu usou
seu discurso ante o AIPAC para advertir que Washington e Israel não estariam
sozinhos no caso de enfrentarem o Irã, apontando que vários países árabes
apoiaram o Estado judeu.
"A maior
parte dos países em nossa região sabe, e sabe muito bem, acreditem em mim, que
Israel não é seu inimigo, mas seu aliado", assegurou.
"É assim
com Egito e Jordânia, sócios pacíficos de Israel há muito tempo, mas também
vale para outros países do Oriente Médio", afirmou.
Por France Presse
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