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BRASÍLIA - A
defesa do presidente Michel
Temer deu entrada a uma petição, no Supremo Tribunal Federal (STF),
para esclarecer ao ministro Luís
Roberto Barroso o seu questionamento sobre o acesso a dados que ele classificou
como sigilosos, no processo que investiga irregularidades na edição do
Decreto dos Portos, assinado em maio de 2017. De acordo com o Planalto, a
defesa de Temer obteve os dados no próprio site do Supremo Tribunal Federal.
"O escritório do advogado do presidente Michel Temer, Antônio Mariz, já está esclarecendo ao
ministro Luís Roberto Barroso que
os dados sobre o presidente estavam disponíveis e foram coletados no site do
STF", informou o Planalto.
O governo está
preocupado com o embate com Barroso e tenta amenizar a situação - embora Temer
esteja "indignado" e "perplexo" com a decisão do ministro
de pedir a quebra de seu sigilo bancário. O presidente passou o dia se
queixando da "inconstitucionalidade" da medida adotada e questionando
"qual o limite da lei". De acordo com interlocutores de Temer, a
impressão é que ministros do STF criam ou interpretam leis.
A avaliação é
de que o dano à imagem política de Temer é um fato. Por causa disso, o
presidente tem realizado inúmeras reuniões no Planalto e no Jaburu e está em
contato o tempo todo com seu advogado, Antônio Mariz. O governo está convencido
de que os ataques ao presidente integram o cenário eleitoral. Temer diz não ser
candidato, mas apostava na intervenção militar na área de segurança no Rio para
se fortalecer politicamente e ter algum peso na disputa eleitoral.
Com os ataques,
avalia o Planalto, uma candidatura de centro se enfraquece, em um momento em
que a esquerda está combalida, com as sucessivas derrotas jurídicas do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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