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REUTERS/Jonathan Ernst Presidente dos EUA, Donald Trump,
se reúne com
alunos e professores na Casa Branca
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O presidente
dos Estados Unidos, Donald Trump, sugeriu nesta quarta-feira que armar os
professores poderia ajudar a evitar massacres como o ataque a tiros da semana
passada em uma escola da Flórida.
Trump expressou
apoio à ideia durante uma reunião emotiva na Casa Branca com alunos que
sobreviveram ao tiroteio e um pai cuja filha não resistiu.
"Se você
tivesse um professor ... que fosse adepto das armas de fogo, poderia muito bem
acabar com o ataque muito rapidamente", disse Trump, reconhecendo que a
ideia seria controversa.
Ele sentou-se
no meio de um semi-círculo em uma sala da Casa Branca, ouvindo atentamente
enquanto estudantes choravam e pediam mudanças. O presidente prometeu tomar
medidas para melhorar as verificações de antecedentes para compradores de
armas.
A reunião
incluiu seis alunos da escola Marjory Stoneman Douglas, de Parkland, na
Flórida, onde 17 estudantes e educadores foram mortos em 14 de fevereiro por um
jovem armado com um rifle de assalto semiautomático AR-15, no segundo tiroteio
mais mortal em uma escola pública dos EUA.
"Eu não
entendo por que eu ainda posso ir a uma loja e comprar uma arma de guerra, uma
AR", disse Sam Zeif, de 18 anos, soluçando depois que ele descreveu as
mensagens de texto de seus familiares durante o tiroteio na Flórida.
"Nunca
vamos deixar isso acontecer novamente, por favor", afirmou Zeif.
Andrew Pollack,
cuja filha Meadow Pollack, de 18 anos, foi morta, gritou: "estou arrasado
- por causa da minha filha - não vou vê-la novamente".
Trump disse que
seu governo enfatizará as verificações de antecedentes e a saúde mental, em um
esforço para tornar as escolas mais seguras.
"Nós vamos
ser muito duros em verificações de antecedentes, estamos fazendo verificações
de antecedentes muito fortes, com ênfase muito forte na saúde mental",
disse Trump.
“Não serão
conversas como eram no passado”, acrescentou.
O apoio de
Trump a qualquer rigidez nas leis de armas marcaria uma mudança para o
republicano, que teve apoio do grupo que defende os direitos de armas National
Rifle Association durante a campanha presidencial de 2016.
Sobreviventes
do ataque da Flórida foram à capital do Estado, Tallahassee, para exigir que
parlamentares restrinjam vendas de rifles de assalto. Manifestantes se juntaram
aos protestos nas ruas de Washington, Chicago e Pittsburgh.
O massacre de
14 de fevereiro, o mais recente em uma longa série de ataques a tiros em
escolas nos EUA, agitou o longo debate do país sobre direitos de armas e
segurança pública, fazendo com que autoridades, de parlamentares estaduais a
Trump, considerem novas ações.
Investigadores
disseram que o ataque foi realizado pelo ex-aluno de 19 anos Nikolas Cruz, que
comprou um fuzil AR-15 há quase um ano. A polícia acusou Cruz, que havia sido
expulso do colégio por problemas disciplinares, por 17 crimes.
“Nikolas Cruz
pôde comprar um rifle de assalto antes de poder comprar uma cerveja”, disse
Laurenzo Prado, aluno da escola Stoneman, se referindo à lei da Flórida que
permite que pessoas a partir de 18 anos possam comprar rifles de assalto. “As
leis deste país falharam.”
Por Jeff Mason
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