© Reprodução Policiais
posam armados para foto
com o
traficante Rogério 157 após sua prisão
|
Ex-chefe do tráfico
na Rocinha, o traficante
Rogério Avelino da Silva, o Rogério
157, será transferido para a Penitenciária de Porto Velho, em Rondônia, na região Norte do país. Ele foi capturado pela polícia
em dezembro do ano passado, depois de três meses de buscas em favelas do Rio de Janeiro. Era um dos bandidos
mais procurados do estado, pela polícia e pelas Forças Armadas.
A 20ª Vara
Criminal da Capital já havia autorizado a transferência para um presídio
federal pelo prazo inicial de 360 dias em dezembro. A solicitação era da Secretaria de Segurança Pública e
do Ministério Público estadual.
“A transferência agora ficará por conta da secretaria e demais órgãos
responsáveis”, informou o Tribunal de Justiça. O objetivo é afastar Rogério de
suas conexões com o crime e evitar conflitos armados no Rio.
O traficante
foi um dos protagonistas da guerra
da Rocinha, iniciada em setembro, pela posse ou retomada de pontos de
venda de drogas. Foram muitos dias de tiroteios, que só cessaram com a presença
das Forças Armadas e
da polícia. Moradores ficaram presos em casa, sem poder sair para trabalhar e
mandar os filhos para a escola. Esta semana, eles voltaram a relatar trocas de
tiros incessantes.
Antônio Francisco Bonfim Lopes,
o Nem, também está preso em
Rondônia. Ele era o “número 1” antes de Rogério, e perdeu o domínio da favela
ao ser preso, em 2011. Em agosto de 2017, Nem determinou que Rogério saísse do
“comando” do morro, mas ele se negou, daí a invasão.
Antes de Nem e
Rogério, outros “chefes” se revezaram no controle do lucrativo comércio
de entorpecentes da favela, uns de perfil assistencialista, com maior
aceitação pela população, outros mais violentos. Todos calcados nas relações
promíscuas com a polícia.
A “tradição”
começou nos anos 1980, com Denir Leandro da Silva, preso em 1987, mas influente
até ser morto, em 2001, dentro do presídio de Bangu 2. Na ocasião, a favela
amanheceu com bandeiras pretas estendidas nas vias e comerciantes fecharam as
portas.
Entre a Gávea,
bairro de artistas, e São Conrado, terra dos condomínios fechados, e à beira de
uma via que leva à Barra da Tijuca, a Rocinha da virada para os anos 1990 já
era um entreposto de venda de maconha e cocaína, ao qual consumidores do
“asfalto” recorriam sem dificuldade.
VEJA.com
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentario.
Fique sempre ligado do que acontece em nossa cidade!