© Reuters Antonio
de Almeida Anaquim, na delegacia
onde prestou depoimento, no Rio
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O administrador
de empresas Antonio de Almeida
Anaquim, de 41 anos, que atropelou 18 pessoas no calçadão de Copacabana, no Rio de Janeiro, na quinta-feira, 18,
disse que não é assassino e pediu perdão a todas as vítimas do episódio.
“Quero dizer
que não sou nenhum assassino, não tive intenção nenhuma de matar ninguém e peço
perdão a todas as pessoas que sofreram e que estão sofrendo por essa tragédia
que eu causei”, disse, em depoimento em vídeo gravado para o Fantástico e
exibido pelo programa da TV Globo neste domingo.
Ele também
voltou a afirmar que teve um apagão em razão de um ataque epiléptico que sofreu
no momento do acidente. Anaquim sofre do distúrbio cerebral e toma
medicamentos, mas omitiu essa informação ao renovar a Carteira Nacional de
Habilitação (CNH) no Departamento Estadual de Trânsito (Detran-RJ). Ele também
estava com a carteira suspensa, com 62 pontos decorrentes de multas de
trânsito.
“Eu tive uma
ausência. Você fica completamente congelado, se contorce para o lado e perde
totalmente a consciência das coisas, de tudo. Quando comecei a ter uma
consciência, ainda muito grogue, não estava praticamente entendendo nada, vendo
o vidro do meu carro quebrado e dois policiais na minha porta, conversando
comigo, tentando me explicar. Mas eu não conseguia entender nada do que estava
acontecendo”, disse.
Pais
A reportagem
também ouviu os pais da bebê Maria Louise, de oito meses de idade,
que morreu no atropelamento em massa. “Quando eu vi, já estava no chão, um
monte de gente em volta, eu procurando saber do meu nenê”, disse a mãe Niedja
Araújo da Silva. “Ele estava proibido de dirigir, carteira vencida, não poderia
mais dirigir pelo Detran, mas estava dirigindo normalmente. O que é isso? Cadê
as leis?, questionou o pai, Darlan Rocha.
Anaquim foi
indiciado pela Polícia Civil do Rio por homicídio e lesões corporais dolosas e
poderá responder à investigação em liberdade. Laudos feitos a pedido da polícia
comprovaram que ele não havia ingerido álcool e não trafegava acima do limite
de velocidade.
VEJA.com
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