© Pixabay Criação
de novo departamento deve repercutir em
casos de aborto, eutanásia ou cirurgias de
mudança de sexo
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Em mais um
aceno a grupos conservadores dos EUA, o governo de Donald Trump anunciou nesta
quinta (18) a criação de um departamento para garantir a liberdade religiosa e
de consciência nos serviços de saúde do país -o que deve repercutir em casos de
aborto, eutanásia ou cirurgias de mudança de sexo, entre outros.
Com a mudança,
profissionais de saúde que tenham objeções morais ou religiosas a determinadas
práticas podem se declarar impedidos de atuar, sem por isso estar sujeitos a
punições.
A nova Divisão
de Consciência e Liberdade Religiosa, subordinada ao Departamento de Saúde,
receberá petições de quem se sentir atingido. Ela atuará com base na Primeira
Emenda da Constituição dos EUA, que garante a liberdade de expressão, e em
outras quatro legislações federais, que estabelecem proteções contra
discriminação religiosa e práticas abortivas.
O site da
agência cita como exemplos casos de aborto, eutanásia, suicídio assistido,
esterilização ou "procedimentos que sejam contrários às suas crenças
morais ou religiosas".
O secretário
interino de Saúde dos EUA, Eric Hargan, afirmou que os profissionais que se
opunham a realizar alguns desses procedimentos vinham sendo "discriminados
e intimidados" nos serviços de saúde.
Para ele, com a
medida, Trump cumpre sua promessa de reforçar a liberdade religiosa no
país. Grupos conservadores e antiaborto comemoraram a medida, divulgada na
véspera da Marcha pela Vida, em Washington.
"Essa
liberdade religiosa é o que distingue a América de tantas outras nações",
afirmou a ativista Kristen Waggoner, presidente da Aliança em Defesa da
Liberdade, ligada a cristãos conservadores.
Já ativistas
dos direitos LGBT e da causa pró-aborto afirmaram que a criação da agência
discrimina trans e homossexuais –e pode estimular a intolerância.
"Trata-se
de uma tentativa barata de Trump de satisfazer os grupos ultraconservadores que
o colocaram no poder", disse a vice-presidente do grupo Católicos pela
Escolha, Sara Hutchinson Ratcliffe. Com informações da Folhapress.
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