Trabalhadores de empresa querem o pagamento
dos
direitos trabalhistas em Macaé
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Funcionários da empresa Schahin Engenharia, investigada pela Lava Jato,
foram demitidos e estão sem receber os direitos trabalhistas.
Um grupo de empregados do navio-sonda Vitória 10.000, entre operadores de
máquina, supervisores de manutenção e engenheiros, protestou pelo pagamento dos
direitos trabalhistas nesta quinta-feira (21), em Macaé, no Norte Fluminense.
Os 400 funcionários que trabalhavam para a empresa Schahin Engenharia,
que é investigada pela Lava Jato, foram demitidos depois que o navio-sonda foi
devolvido à Petrobras.
"Até o momento, a gente não recebeu nada. Com isso, a gente não
consegue homologar a carteira e não consegue sacar o nosso FGTS e nem pegar o
seguro-desemprego", disse o supervisor de elétrica offshore, Carlos
Tavares.
A Schahin Engenharia era responsável pela operação do navio-sonda em
Macaé, mas teve o contrato rescindido pela Petrobras por conta da suspeita de
suborno e de corrupção ativa e passiva.
A empresa firmou acordo de delação premiada com o MPF e o Tribunal de
Contas da União. R$ 28 milhões da empresa foram bloqueados, depois que o
diretor Milton Schahin disse ao Juiz Sérgio Moro que pagou proprina à estatal
para facilitar a exploração de petróleo na Bacia de Campos.
Essa é a segunda empresa investigada pela operação da Polícia Federal a
fazer demissões em massa em Macaé: no último mês, a UTC Engenharia demitiu mais
de 4000 trabalhadores. De 2015 para 2017, mais de 33 mil pessoas perderam seus
empregos na cidade, considerada a capital nacional do petróleo.
Segundo a assessoria da Schahin Engenharia, que agora se chama Base, as
demissões e a paralisação da sonda foram uma decisão unilateral da Petrobras. A
assessoria disse ainda que continua adotando todas as medidas judiciais e
administrativas para receber os créditos da Petrobras, incluindo indenização.
Por RJ Inter TV 2ª Edição, Região dos Lagos
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