O
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e o ministro
do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes©
VEJA
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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu nesta
segunda-feira à presidente do Supremo
Tribunal Federal (STF), Cármen
Lúcia, que o ministro Gilmar
Mendes seja impedido de relatar dois habeas corpus de investigados
na Operação Ponto Final e
sejam anuladas as decisões dele que, na semana passada, soltaram dos
empresários do setor de transportes Jacob Barata Filho e Lélis Teixeira, ambos presos na Ponto Final, desdobramento
da Operação Lava Jato no
Rio de Janeiro.
Nas petições, encaminhadas à presidente
da Corte a pedido da força tarefa da Lava Jato no Rio, Janot argumenta que “não
resta dúvida” de que as famílias de Gilmar Mendes e de Barata Filho têm
“vínculos pessoais”. “Os vínculos são atuais, ultrapassam a barreira dos laços
superficiais de cordialidade e atingem a relação íntima de amizade”, afirma o
procurador-geral.
Rodrigo Janot cita que, em 2013,
Gilmar e sua mulher, Guiomar Mendes, foram padrinhos no casamento de Beatriz
Barata, filha do “Rei do ônibus”, com Francisco Feitosa Filho, sobrinho de
Guiomar; que Jacob Barata Filho é sócio de Francisco Feitosa de Albuquerque
Lima, cunhado do ministro do STF; que o telefone da mulher de Gilmar consta na
agenda do celular do empresário e, além destes, que o escritório do advogado
Sérgio Bermudes, no qual Guiomar Mendes trabalha, representa empresas de Barata
Filho e Lélis Teixeira.
“Tudo isso compromete a isenção do
ministro na apreciação da causa, ou, no mínimo, abalam a crença nessa
imparcialidade”, argumenta Janot.
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