Senador tucano Tasso Jereissati
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FUKUDA/ESTADÃO
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BRASÍLIA - Pouco mais de uma
dezena de deputados federais do PSDB se reuniram nesta segunda-feira, 21, em um
jantar de mais de quatro horas que invadiu a madrugada, para deliberar sobre o
“comportamento” do presidente interino do partido, senador Tasso Jereissati
(CE). “Aconselhados” pelo governador de Goiás, MarconI Perillo, e acompanhados
dos ministros Bruno Araújo (Cidades) e Antonio Imbassahy (Secretaria de
Governo), os parlamentares pró-governo decidiram pedir a “correção” ou
“substituição” do senador do comando da legenda.
A deliberação será levada aos líderes
partidários ainda nesta semana, o que deve aprofundar o racha interno na
legenda. Na avaliação dos deputados, Tasso tem tornado público um
posicionamento diferente do decidido pela maioria do partido nas reuniões
internas.
“Desde aquela reunião ampliada da
Executiva, já começou esse comportamento. O partido decide uma coisa e, em
público, o porta-voz se posiciona de maneira diferente. Então é evidente que
nós acreditamos que isso pode ser corrigido. Vamos tentar exaurir esse
processo. Se não for possível, somos adultos, responsáveis, então acredito que
haverá bom-senso ou pra seguir no caminho que estamos ou num processo de
diálogo que permita substituição sem que haja vencidos ou vencedores”, disse o
deputado tucano Rogério Marinho (RN), que falou publicamente pelo grupo após o
jantar.
O encontro ocorreu na caso do
deputado federal Giuseppe Vecci (GO), um dos vice-presidentes da legenda,
cotado para substituir Tasso. A reportagem contabilizou 14 deputados federais
na reunião, além do prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior (RS).
Marinho disse, entretanto, que ao menos 18 deputados da bancada, formada por 46
parlamentares, estiveram na casa de Vecci.
'Gesto'. Marinho
salientou que o grupo espera um “gesto” de Tasso Jereissati de renunciar ao cargo
ou do presidente licenciado do partido, senador Aécio Neves (MG), de sugerir um
novo nome para levar a sigla à frente. “Via de regra, o que é decidido
internamente não é explicitado pelo porta-voz máximo do partido. Em última
instância, quem terá a prerrogativa de fazer um gesto de substituição é o
presidente interino, renunciando, ou o presidente atual (Aécio Neves),
entendendo que seja necessário sua substituição”, acrescentou o parlamentar
potiguar.
Questionado sobre a influência de
Perillo na reunião, Rogério Marinho disse que a presença do tucano foi um
“cuidado” dos parlamentares diante da “história” e “experiência” do tucano. O
governador de Goiás é tido como um dos candidatos à presidência da legenda nas
eleições internas que devem ocorrer em dezembro.
“Não é possível que o pensamento
público do partido seja o pensamento de quem quer que seja. Ele necessariamente
precisa representar a média do pensamento ou da maioria que existe hoje no
partido. Então, se o Tasso se dispuser a esse elemento, tudo bem. Senão,
certamente ele vai ter a sobriedade de encontrar a alternativa”, afirmou o
deputado.
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