Ex-prefeito
de São Gonçalo (RJ) é preso por suspeita de fraude
|
Mulim é suspeito de fraude de
R$ 40 milhões na iluminação pública do município, segundo o Ministério Público.
Policias e agentes do Ministério
Público do Rio de Janeiro encontraram uma mala cheia de dinheiro na casa de
Neilton Mulim, do ex-prefeito de São Gonçalo preso na manhã desta quinta-feira
(10), por suspeita de fraude. Na casa do político em Maricá, um imóvel de alto
padrão com três pavimentos, os agentes apreenderam uma mala cheia de dinheiro.
No outro imóvel do ex-prefeito em São Gonçalo também foram apreendidos quase R$
4 mil e um computador.
As equipes passaram mais de três
horas na casa do ex-prefeito e Neilton saiu de casa preso por volta das 9h30. O
ex-prefeito é acusado de liderar uma organização criminosa que fraudou
contratos de manutenção da iluminação pública de São Gonçalo. O G1 tentou
falar com o advogado de Mulim, que esteve na delegacia de Maricá nesta manhã,
mas o mesmo não quis se pronunciar.
Na denúncia, os promotores dizem
que, quando assumiu a prefeitura, em 2013, Neilton passou a gerenciar um
contrato já existente, com a empresa Compillar, no valor de R$ 2,5 milhões, por
seis meses. Depois fazer contato com Paulo Roberto de Souza Cruz, representante
da empresa, resolveu fazer uma nova licitação. Para isso, Neilton nomeou seu
amigo de infância, Francisco José Rangel de Moraes como Secretário de
Infraestrutura e Urbanismo.
E, assim que assumiu a pasta,
Rangel convocou uma licitação pra iluminação pública. O grupo formado pelo
ex-prefeito e pelo ex-secretário e por mais nove pessoas, entre servidores
públicos e empresários, é acusado de cometer irregularidades nessa licitação,
que foi vencida pela Compillar.
O contrato, de mais de R$ 15
milhões, foi renovado duas vezes, e vigorou até julho desse ano. Além de
direcionar a licitação, o grupo político de Mulim também é acusado superfaturar
o contrato e ordenar e fazer as despesas sem que nenhuma lei autorizasse os
gastos.
Os promotores dizem que o prejuízo
pros cofres de São Gonçalo chegou a R$ 40 milhões. Além disso, o serviço da
Compillar não foi devidamente prestado. De acordo com a investigação, a empresa
dava prioridade à manutenção de alguns lugares, a pedido do ex-prefeito e de
vereadores, com objetivos políticos eleitoeiros.
Na semana passada, a equipe de
reportagem do RJTV circulou por São Gonçalo e encontrou ruas totalmente às
escuras.
O administrador da empresa
Compillar, que deveria fazer a manutenção da iluminação pública em toda a
cidade de São Gonçalo é Paulo Roberto de Souza Cruz. Hoje, na casa dele,
promotores encontraram dinheiro, celulares, relógios, joias, cheques e
documentos.
Além de ser acusado de participar
da fraude de São Gonçalo, Paulo Roberto também é suspeito de agir junto com
políticos e servidores de outros municípios para obter contratos sem os
procedimentos necessários.
Segundo os investigadores, Neilton
Mulin, Paulo Roberto de Souza Cruz e os outros nove presos na operação apagão
vão responder por organização criminosa, fraudes à licitação e despesa não
autorizada por lei, como prevê a lei de responsabilidade fiscal.
Por RJTV
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentario.
Fique sempre ligado do que acontece em nossa cidade!