A
procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega
(Foto: Associated Press)
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Tribunal Supremo de Justiça
anunciará se destitui Luisa Ortega até quarta-feira.
A procuradora-geral da Venezuela,
Luisa Ortega Díaz, disse nesta terça-feira (11) a uma rádio argentina que se
manterá no cargo "para defender a democracia" e que não reconhecerá a
decisão do Tribunal Supremo de Justiça sobre sua eventual destituição como chavista
crítica do presidente Nicolás Maduro.
"Vou me manter firme em meu
cargo para defender a democracia", disse Ortega em uma entrevista à
emissora argentina Radio Con Vos.
O Tribunal Supremo de Justiça
(TSJ), acusado de seguir as ordens do governo, anunciará até quarta-feira a sua
decisão, depois da audiência ocorrida há uma semana, na qual o governo acusou
Ortega de mentir em afirmações contra os magistrados.
"Eu denunciei os magistrados
que estão me processando porque eles não são legítimos. Não sei se vão me
destituir ou não, aqui pode acontecer qualquer coisa", acrescentou Ortega.
Vice-procuradora
No mesmo dia da audiência contra
Ortega, em 4 de julho, o TSJ juramentou Katherine Harington como
vice-procuradora e eventual substituta de Ortega. Harington é conhecida como
uma polêmica advogada chavista sancionada pelos Estados Unidos por supostas
acusações de violações dos direitos humanos.
Para Ortega, advogada de 59 anos,
a decisão da corte está "viciada". Ela não comparecerá à audiência
por considerá-la um "circo" e seus magistrados, nomeados pela
anterior parlamento chavista, "ilegítimos".
Ortega rompeu com o governo em
meio a uma convulsão social e política pelos protestos opositores, que deixaram
93 mortos desde 1º de abril e que exigem a saída de Maduro.
Por France Presse
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