© Fornecido
por AFP Os corpos, perfeitamente preservados,
jaziam um ao
lado do outro, com mochilas, uma garrafa,
um livro e um relógio
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A polícia suíça confirmou nesta
quarta-feira (19) a identidade do casal encontrado mumificado no maciço de Les
Diablerets, sul da Suíça, dizendo se tratar de Marcelin Dumoulin e sua mulher,
desaparecidos há 75 anos.
"Com base na comparação de
DNA realizada pelo legista em colaboração com a polícia do cantão de Valais e o
Ministério Público, os corpos encontrados na geleira foram identificados",
informa um comunicado.
"Trata-se de Marcelin
Dumoulin e sua esposa Francine Dumoulin, de 40 e 37 anos de idade,
desaparecidos tragicamente em 15 de agosto de 1942", segundo o comunicado.
Os corpos, perfeitamente
preservados, jaziam um ao lado do outro, com mochilas, uma garrafa, um livro e
um relógio.
Eles foram descobertos por um
funcionário da estação de esqui Glacier 3000 na quinta-feira passada durante
uma visita de rotina à geleira de Diablerets, 2.615 metros de altitude.
"A polícia me ligou esta
manhã, às 07H00, para me dar a notícia", disse à AFP Monique Gautschy, de
86 anos, uma das duas filhas ainda viva do casal, que teve sete filhos.
"O funeral será no sábado,
mas primeiro quero dar-lhes um beijo", acrescentou Gautschy, que na época
do desaparecimento de seus pais tinha 11 anos.
Marcelin Dumoulin, sapateiro, e
sua esposa Francine, uma professora, haviam saído em 15 de agosto de 1942 da
aldeia de Chandolin para alimentar o seu gado nas montanhas, segundo Gautschy.
"Eu os vi sair naquela manhã
de sábado. Era um dia radiante. Eles deveriam assar a noite no prado alpino de
Grilden e voltar no domingo", recorda.
"De repente, uma grande nuvem
negra cobriu a geleira no período da tarde. Meu tio conseguiu ver os meus pais
uma última vez com binóculos", acrescentou.
"Nós passamos nossas vidas à
procura deles. Já não acreditávamos que poderíamos oferecer um dia o funeral
que mereciam", confidenciou Marceline, que tinha quatro anos quando seus
pais desapareceram.
Após dois meses e meio de buscas
infrutíferas, os sete filhos, cinco meninos e duas meninas, foram colocados em
famílias de acolhimento, exceto a menor, Marceline, que foi adotada por uma
tia.
AFP
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