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RAU/ESTADÃO No domingo, polícia fez ação
para desmontar acampamentos
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A Prefeitura e o
governo de São Paulo realizaram uma nova ação para a
retirada de dependentes químicos e limpeza, desta vez na Praça Princesa Isabel,
região central.
A Prefeitura e o governo de São
Paulo realizaram neste domingo, 11, uma nova ação para a retirada de
dependentes químicos e limpeza, desta vez na Praça Princesa Isabel, região
central.
SÃO PAULO - Um dia após a segunda
operação policial feita na Cracolândia para destruir o acampamento montado por
traficantes e usuários de drogas na Praça Princesa Isabel, no centro de São
Paulo, o alojamento em contêineres recém-inaugurado pela gestão do prefeito
João Doria (PSDB) para atender dependentes químicos na região da Luz ficou
lotado.
Por volta das 19 horas desta
segunda-feira, 12, a reportagem flagrou cinco pessoas pedindo que seguranças e
assistentes sociais abrissem os portões para que pudessem comer, tomar banho e
dormir. “Não tem mais vaga”, repetiam os funcionários da unidade, que tem 100
camas e capacidade para atender até 150 pessoas durante o dia.
Segundo uma assistente, o espaço
lotou por volta das 16 horas - dali em diante, ninguém mais poderia entrar.
Para quem pediu comida, ela disse que não havia mais marmita e as toalhas de
banho também já tinham acabado. A situação irritou alguns dependentes, como o
desempregado Eduardo Mousinho, de 41 anos, que diz estar há 11 dias sem fumar
crack, fazendo sessões diárias de terapia no Centro de Referência de Álcool, Tabaco
e Outras Drogas (Cratod).
“Estou há 11 dias limpo, estou me
tratando, mas parece que eles não querem ajudar. Se eu fico no Cratod, fazendo
terapia, não consigo vaga para dormir”, disse Mousinho, que preferiu dormir na
rua a ir para o Complexo Prates, centro de acolhimento no Bom Retiro para onde
a Prefeitura deslocou quem não conseguiu vaga no alojamento da Luz. “Lá no
Prates usam droga e roubam nossas coisas”, disse.
Sucesso
Em nota, a Secretaria Municipal de
Assistência e Desenvolvimento Social enalteceu o fato de o alojamento “ter
conseguido atrair os usuários e conquistado sua confiança em apenas quatro dias
de funcionamento” e disse que “estão sendo realizados todos os ajustes
necessários para que o atendimento seja ainda mais adequado e eficiente”.
Segundo a pasta, serão criadas mais 280 vagas para dependentes químicos na Luz,
em um prédio público na Avenida Duque de Caixas e em contêineres. Quando a
lotação é atingida, afirma, oferece transporte para a unidade mais próxima ao
dependente.
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