© Fábio
Motta / Estadão A ex-primeira-dama do Rio, Adriana Ancelmo,
antes de prestar depoimento. Acusação envolve
acordo
de leniência
com joalheria
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O Ministério Público Federal do
Rio de Janeiro (MPF- RJ) apresentou nova denúncia contra o ex-governador do Rio
Sergio Cabral (PMDB), a ex-primeira-dama Adriana Ancelmo e mais dois
assessores. A acusação é de crime de lavagem de dinheiro. Cabral já é réu em 9
processos, e na semana passada foi condenado a 14 anos e 2 meses de prisão por
corrupção e lavagem de dinheiro em um deles.
A nova acusação, de lavagem de
dinheiro, foi apresentada pelos procuradores na sexta-feira, segundo revelou o
Fantástico, da TV Globo. Os procuradores se basearam em documentos apresentados
pela joalheria H.Stern, que firmou acordo de leniência.
O MPF-RJ sustenta que o casal
adquiriu 189 joias e pedras preciosas em joalherias, ao custo de R$ 11 milhões.
Segundo o MPF-RJ, as peças seriam prova de crime. Uma delas chegou a custar R$
1,8 milhão. Do total de joias, contudo, apenas 40 foram encontradas. A
procuradoria agora quer saber onde foram parar as outras 149.
“Não foram encontradas até hoje,
e, portanto, podem estar em qualquer lugar”, afirmou o procurador Sergio Pinel,
em entrevista ao Fantástico.
No mesmo processo em que condenou
Cabral, o juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, absolveu a
ex-primeira-dama dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro sob a alegação
de não haver “prova suficiente de autoria ou participação” da mulher do
ex-governador do Rio de Janeiro em desvios do Complexo Petroquímico do Rio de
Janeiro (Comperj),da Petrobrás.
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