Funcionários
do TRE do Rio fazem paralisação hoje
Divulgação
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A determinação do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) de extinguir 72 zonas eleitorais em 16 capitais — e,
posteriormente, no interior — gerou indignação dos servidores
Rio - A determinação do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de extinguir 72 zonas eleitorais em 16
capitais — e, posteriormente, no interior — gerou indignação dos servidores. Em
protesto à medida, os funcionários do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio farão
hoje paralisação de 24 horas. O TSE tomou a decisão argumentando que os cortes
vão gerar economia de R$ 13 milhões por ano em todo o país.
Organizada pelo Sindicato dos
Servidores das Justiças Federais no Estado do Rio de Janeiro (Sisejufe), a mobilização
segue a data do início do corte de algumas unidades, que também é hoje.
Além de citarem que a medida vai
afetar a população, os servidores do Judiciário apontam o impacto provocado em
suas vidas. Muitos terão que mudar a rotina e, principalmente, os que são
alocados em zonas eleitorais do interior terão que se mudar de cidade.
Diretora do Sisejufe e servidora
do TRE do Rio, Fernanda Lauria afirmou à coluna que a mobilização de hoje é só
mais um dos passos da categoria contra a decisão do TSE.
“A partir de hoje começam a ser extintas 48
zonas eleitorais da capital, a metade das existentes aqui. O cronograma do
interior ainda está sendo estudado, mas é previsto o corte de mais de 60 zonas
eleitorais”, pontuou. “Isso prejudica os servidores que, de uma hora para a
outra, terão que mudar o local de trabalho e alterar seu planejamento
familiar”, acrescentou.
O Sisejufe chegou a entrar com
mandado de segurança no TRE do Rio para barrar a medida, mas o pedido foi
negado sob o argumento de que a ordem do TSE é superior e tem que ser seguida.
“No pedido, alegamos que esse tipo
de decisão é de competência dos TREs. O código eleitoral é claro: a competência
para criar ou extinguir zonas é do TRE”, argumentou a diretora do sindicato.
O Sisejufe tem tentado negociar
com o TSE, mas, segundo os sindicalistas, o tribunal está resistente. “Essa
medida vai afetar drasticamente a população. A portaria do interior desmantela
a Justiça Eleitoral no país”, criticou Fernanda Lauria, apontando que a
fiscalização das eleições também será afetada.
PALOMA SAVEDRA
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