Defesa de
Lula afirma que é impossível que todo material
seja analisado até horário da audiênciaFelipe
Rau/
13.03.2017/
Estadão Conteúdo
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Ex- executivos vão prestar
depoimento em ação penal sobre propinas pagas pela empreiteira
Cerca de 1 hora e 30 minutos antes
do início das audiências do patriarca da Odebrecht, Emílio Odebrecht, e do
executivo da empreiteira Alexandrino Alencar, os advogados do ex-presidente
Lula entraram com um habeas corpus, com pedido liminar, no TRF-4 (Tribunal
Regional Federal da 4ª Região) para cancelar os depoimentos. As audiências
estavam marcadas para começar às 14 horas desta segunda-feira (5).
O advogado Cristiano Zanin Martins
argumenta que o juiz federal Sérgio Moro "deu ciência às partes"
nesta segunda sobre documentos juntados pelo Ministério Público Federal sobre
delações de executivos do grupo Odebrecht. Segundo a defesa, há
"impossibilidade de análise do material até as 14 horas".
A solicitação para o adiamento dos
depoimentos havia sido feita a Moro, que negou. A defesa foi, então, ao TRF-4.
— O pedido está baseado na
violação das garantias do contraditório, da ampla defesa e da paridade de
armas.
A defesa de Lula pediu que
depoimento seja considerado nulo se pedido não for atendido até início do
julgamento.
— Seja concedida a medida liminar
para determinar o cancelamento da audiência agendada para o dia 5 de junho de
2017, às 14h00, na qual serão colhidos os depoimentos de Alexandrino de Salles
Ramos Alencar e Emílio Alves Odebrecht. Caso não haja apreciação do pedido
antes da realização da audiência em tela, requer-se seja declarada a nulidade
do ato e a sua imprestabilidade para a instrução do processo, com o
desentranhamento dos autos.
Os executivos da Odebrecht vão
prestar depoimento em ação penal sobre propinas pagas pela empreiteira, no
esquema que seria liderado pelo ex-presidente. Os valores teriam chegado a R$
75 milhões em oito contratos com a Petrobras e incluíram terreno de R$ 12,5
milhões para o Instituto Lula e cobertura vizinha à residência de Lula em São
Bernardo de R$ 504 mil.
Estadão
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