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Brasil Aprovada por unanimidade pelos 999 delegados
estaduais do PT, uma moção propõe que o
partido exija
a liberdade dos três
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O PT de São Paulo decidiu, em
congresso estadual, dar tratamento de preso político aos ex-ministros José
Dirceu e Antonio Palocci, além do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.
Aprovada por unanimidade pelos 999
delegados estaduais do PT, uma moção propõe que o partido exija a liberdade dos
três.
"É um erro e faz o jogo do
juiz [Sergio] Moro punir alguns petistas 'culpados' por delatores manipulados
por procuradores, juízes e policiais quando os presos sabidamente não têm
liberdade para se defender. O PT deve exigir a liberdade para o presos
políticos José Dirceu, Vaccari e Palocci".
O texto, que foi apresentado pela
chapa Unidade pela Reconstrução do PT, diz também que a "República de
Curitiba" mantém dirigentes do PT presos há mais de ano, alguns sequer
condenados no "regime de exceção" que se instala no país.
A moção será também submetida ao
congresso nacional do PT, programado para os dias 1 e 2 de junho. Eleito
presidente do PT de São Paulo horas depois da aprovação do texto, o ex-prefeito
Luiz Marinho afirma que esta é uma moção "de carinho e de afeto".
E justifica: "O que queremos
mostrar é todas arbitrariedades e a perseguição que o partido está
sofrendo".
Em seu discurso de agradecimento,
Marinho informou que acompanhará o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de
quem é amigo, em seu depoimento ao juiz Sergio Moro, marcado para quarta (10).
Na volta de Curitiba, avisou,
visitará Dirceu, numa demonstração de que o PT "não esconde suas
preferências". Ao falar sobre o caso de Vaccari, o futuro presidente
estadual do PT diz ainda que os tesoureiros dos demais partidos deveriam estar
também presos.
"Não estamos pedindo que
sejam complacentes com o PT, mas corretos", alega Marinho. Em seus
discurso, Marinho defendeu "revirar todos os cantos deste Estado para
colocar em pé de guerra a militância para derrubar os tucanos, pé de guerra
para derrotar o golpe".
Presentes ao encontro estadual do
PT, petistas criticaram Moro por exibir um vídeo recomendando que os apoiadores
da Lava Jato desistam de ir a Curitiba nesta quarta-feira (10), data do
julgamento de Lula. Para um dirigente do partido, Moro sabia que os militantes
petistas estariam em maior número e, por isso, publicou um apelo nas redes
sociais.
O ex-ministro Alexandre Padilha
chamou a medida de inapropriada e ironizou: "Se ele gosta tanto de vídeos,
deveria autorizar a veiculação do depoimento de Lula".
Para o presidente estadual do
PT-SP, Emídio de Souza, "Moro não tem que se comportar como chefe de
torcida organizada dizendo quando tem que gritar e se calar". "O
campo dele deve ser nos autos e só", acrescenta.
Eleito com 643 dos 999 votos,
Marinho afirma que "pode ser que finalmente esteja caindo um processo de
bom senso no Moro de não ficar estimulando esta guerra, este fla-flu".
Lula, por sua vez, tem sido
orientado a ter uma atitude respeitosa com Moro durante o depoimento para que
seja realçado seu papel de magistrado. Em vez de criticar o juiz, o ex-presidente
deverá questionar notícias veiculados e mostrar altivez.
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