O pastor
Silas Malafaia, líder da igreja Vitória em Cristo,
e o padre
Reginaldo Manzotti (Divulgação/VEJA)
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Líder evangélico afirma ser
preconceituosa a visão do pároco sobre o crescimento dos pentecostais no país e
questiona uso de dinheiro pela Igreja Católica
O pastor Silas Malafaia, líder da
igreja Vitória em Cristo e presidente do Conselho de Pastores do Brasil, rebateu
a entrevista dada a VEJA neste fim de semana pelo padre Reginaldo Manzotti. O
cantor e escritor católico alfinetou o crescimento dos evangélicos pentecostais
nos últimos trinta anos: “A filosofia do ‘me dê um Fusca que eu te devolvo uma
Mercedes’ soa bem, embora seja uma balela”.
Em entrevista ao site de VEJA,
Malafaia desceu a borduna na fala de Manzotti sobre como o discurso evangélico
tem prosperado em classes menos favorecidas: ““Em situações onde faltam saúde,
moradia e alimento, qualquer teologia da prosperidade que prometa cura e
riqueza em troca de doações funciona”, afirmou o padre. “É uma visão
preconceituosa. Para ele, pobre é burro, idiota e sempre enganado. Mas a
história mostra que quem explorou os pobres durante séculos não fomos nós, evangélicos,
não”, rebateu Malafaia. “Uma pessoa pode até dar um Fusca esperando uma
Mercedes, mas se ele não receber o prometido, pula fora”.
Malafaia defende que a igreja
evangélica tem crescido em todos os segmentos sociais e cita o bairro de classe
média alta onde vive no Rio de Janeiro. Em vinte anos, afirma que o Recreio dos
Bandeirantes passou a ter 18 templos evangélicos (antes eram dois) e a igreja
Católica permaneceu com apenas um. “De sete meses para cá, todas as vinte
igrejas que abri foram longe de favelas, e olha que eu tenho muitas igrejas
nestas áreas. Esse padre está precisando andar mais pelo Brasil para ver se nós
evangélicos só pregamos para pobre mesmo”.
O líder evangélico faz ainda uma
crítica mais conceitual à forma de conquistar fieis utilizada pelos católicos
atualmente. “A questão é que a Igreja Católica deixou de pregar o Evangelho que
transforma a vida das pessoas. Veja se você vê a Bíblia na mão de um padre”,
questiona. “Sabe por que a Igreja Católica não incentiva seus membros a lerem a
bíblia? Porque o dia que eles lerem, eles largam. A bíblia não é dos
evangélicos nem dos católicos, é a palavra de Deus. E ela condena a idolatria
de ponta a ponta”. Malafaia aponta diferenças sobre o uso de dinheiro nas duas
igrejas: “O povo evangélico vê que o dinheiro que eles dão para a igreja fica
aqui no Brasil, sendo investido na abertura de novos templos. Nós não mandamos
bilhões todo ano para cobrir déficit de corrupto no banco do Vaticano”.
Malafaia chega a desafiar Manzotti
a abrir as suas finanças. Embora o padre seja um dos maiores vendedores de CDs,
DVDs e livros do país, afirma viver de uma herança da família e do salário pago
pela paróquia. “Esse padre perdeu a oportunidade de calar a boca. Como disse o
rei da Espanha para o Hugo Chavez, “por que não te callas?”. É melhor ele
continuar cantando do que ficar falando asneira a respeito da religião dos
outros”.
Veja.com
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