Houve
confusão e correria em vias do Centro na última
sexta-feira. Márcio Mercante / Agência O Dia
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Eles também vão protestar contra a
repressão durante as passeatas. Na última sexta-feira, uma manifestação
terminou em confronto no Centro
Rio - Manifestantes marcaram um
novo ato contra as reformas da Previdência e Trabalhista, na Cinelândia, na
manhã desta segunda-feira, Dia do Trabalhador. Eles vão protestar também
contra a repressão durante passeatas. Na última sexta-feira, uma manifestação
terminou em confronto nas ruas do Centro. PMs jogaram bombas e gás lacrimogêneo
para dispersar a multidão. Além disso, grupos incendiaram lixeiras, ônibus e
fizeram barricadas nas vias.
No evento no Facebook, mais de 8,5
mil pessoas já confirmaram presença. O protesto está previsto para começar às
11h, com um espaço para as falas de movimentos sociais. Ao meio-dia, deve
ocorrer um ato ecumênico e, às 13h, as centrais sindicais vão se manifestar. Às
14h, haverá um ato político-cultural.
Maior greve desde 1989
A greve geral desta sexta-feira
atingiu cidades de todos os estados do Brasil e teve adesão de milhões de
trabalhadores, mas não chegou a parar o país. No fim da sexta-feira de
protestos pelo país, sindicalistas e governo cantaram vitória.
Segundo a CUT, o movimento contra
as reformas da Previdência e Trabalhista foi a maior greve já realizada no
Brasil e teria contado com a adesão de mais de 35 milhões de brasileiros, que
foi o número registrado em uma paralisação em 1989. “Não tínhamos uma greve
geral desde 1992. Paramos o país”, disse Marcelo Rodrigues, presidente da
CUT-RJ.
Já o ministro da Justiça, Osmar
Serraglio, considerou a greve “pífia”. “Não teve a expressão que se imaginava
ter”, disse. Mais cedo, em entrevista à rádio Jovem Pan, ele havia afirmado que
“temos é uma baderna generalizada, não uma greve nacional”.
Na mesma rádio, o prefeito de São
Paulo, João Doria, que conseguiu fugir de um bloqueio que os grevistas
planejavam em frente à sua casa, chamou os manifestantes de “vagabundos”,
dizendo que “são preguiçosos e acordam tarde”.
No início da noite, o presidente
Michel Temer divulgou nota mais comedida, na qual afirmou que “as manifestações
políticas ocorreram livremente em todo país”. “Houve a mais ampla garantia ao
direito de expressão, mesmo nas menores aglomerações.
O DIA
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