Joesley
Batsita, dono da JBS
(Foto:
Reprodução/GloboNews)
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Donos do frigorífico moram em
Nova York e não foram encontrados por equipe da TV Globo. Joesley Batista
gravou presidente dando aval para comprar silêncio de Cunha, diz jornal.
Os irmãos Joesley e Wesley
Batista, donos do frigorífico JBS, relataram às autoridades brasileiras que
receberam ameaças de morte e foram autorizados a deixar o país, segundo
apuração da TV Globo. Joesley e Wesley moram em Nova York, nos Estados Unidos.
Os dois disseram em delação à
Procuradoria-Geral da República (PGR) que gravaram o presidente Michel Temer dando aval para comprar o silêncio do
deputado cassado e ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), depois que ele foi preso na operação Lava Jato. A informação é do colunista do jornal "O
Globo" Lauro Jardim.
Joesley mantém um apartamento na
Quinta Avenida, uma das mais importantes de Nova York e não atendeu a nenhuma
das solicitações de entrevista. Segundo o porteiro do prédio, o dono da JBS e a
mulher dele teriam deixado o local com malas.
Na delação, Joesley afirmou ter
gravado o presidente Michel Temer dando aval para que o empresário continuasse
pagando uma "mesada" ao ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para que
ele se mantivesse em silêncio após ser preso na Lava Jato. A gravação, segundo
o jornal, foi feita em março deste ano.
Em nota, a Secretaria Especial de Comunicação Social da
Presidência afirmou que Temer "jamais solicitou pagamentos para obter o
silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha. Não participou e nem autorizou qualquer
movimento com o objetivo de evitar delação ou colaboração com a Justiça pelo
ex-parlamentar."
O Supremo Tribunal Federal não confirmou nem negou se a
delação da JBS já foi homologada por Edson Fachin. O STF afirmou que não vai se
pronunciar sobre o caso nesta quarta-feira.
Por G1
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